03/12/2015

Novo plástico à base de açúcares

Material pode ser produzido em poucos minutos, decompondo-se em apenas 30 dias.



Um novo plástico, à base de açúcares, foi desenvolvido no Laboratório de Nanotecnologia da Embrapa Instrumentação de São Carlos, e pode ser produzido em poucos minutos, decompondo-se em apenas 30 dias. São finas películas biodegradáveis à base de substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria, que podem ser elaboradas em menos de dez minutos por meio de um método inédito. O processo convencional costuma demorar pelo menos 24 horas e emprega aditivos para facilitar o processamento. De acordo com os pesquisadores, o material despertou o interesse de algumas empresas e a expectativa é de que esteja disponível no mercado em dois anos, contribuindo para a economia de recursos e a redução de resíduos.


Esses materiais, atóxicos e sem aditivos, podem ser usados para transportar compras de supermercados ou empacotar produtos alimentícios. Feita à base de açúcares e sem aditivos químicos, a película se parece com a tradicional. “São várias moléculas de açúcares e, por isso, o plástico tem a característica de ser biodegradável por micro-organismos que geralmente digerem açúcares”, afirmou o pesquisador Luiz Henrique Mattoso, coordenador do estudo, complementando que a fabricação é mais econômica do que a tradicional.


Segundo ele, o plástico pode ser produzido em temperaturas e pressões menores que os sintéticos, gerando redução de energia elétrica. Além da vantagem de ser biodegradável, é possível produzir película de quitosana com elevada rapidez. Por outro processo, o tempo seria de pelo menos 24 horas. “Nossa técnica permite a obtenção de películas de proteínas e polissacarídeos, qualquer um deles, de forma muito mais rápida do que qualquer outra técnica conhecida. São seis minutos contra os dias gastos pelos métodos convencionais de fabricação”, afirma Francys Moreira, pós-doutorando da Embrapa.


Os plásticos biodegradáveis são uma alternativa aos materiais sintéticos que, descartados na natureza, causam prejuízos ao meio ambiente, levando centenas de anos para se decompor, enquanto os chamados bioplásticos, obtidos de materiais naturais orgânicos, degradam-se rapidamente na compostagem. Por isso, Moreira acredita que os setores agrícolas, de embalagens de alimentos ou qualquer outro, podem usar essas películas para promover a sustentabilidade.


 


Maquinário da construção


Na tentativa de sobreviver em meio à tormenta, os fabricantes de máquinas e equipamentos para construção – de todos os portes – operam com ociosidade de até 70%, reajustam preços e esperam retomada apenas para 2017. “Este foi o pior dos 18 anos em que fabricamos no Brasil”, afirma o diretor da PHD Guindastes, Adão Marques. Com capital 100% brasileiro, a empresa gaúcha trabalha para reduzir os impactos da economia em queda e da desaceleração do setor.


Segundo o CEO da BMCHyundai, Felipe Cavalieri, o mercado de máquinas para construção apresenta queda de aproximadamente 45%, mas em alguns segmentos o recuo chega a quase 70%. “O País não consegue atrair investimentos e as obras estão paralisadas”, destaca. Operando com 60% de ociosidade na fábrica inaugurada em 2013 em Itatiaia (RJ), a BMC deve apresentar uma queda de 30% neste ano, impactada principalmente pelo recuo das licitações de obras do governo federal.


Cavalieri pondera, contudo, que o câmbio não favorece tanto o Brasil. “Ainda temos o custo logístico mais caro do mundo e uma altíssima carga tributária. Trazer máquinas da Coréia para a América do Sul tem o mesmo custo do que exportar daqui”, declara.


 


Energia renovável


Para crescer nos próximos anos, o mercado brasileiro de geração de energia por fontes renováveis vai esbarrar em problemas como o de escoamento da produção e a falta de crédito. Diante das pressões, agentes acreditam que haverá mais consolidação no setor. “Essa indústria ainda é muito fragmentada, são mais de 120 empresas que atuam no segmento renovável, mas dada a situação atual muitos empreendedores ficaram sem capacidade de financiamento”, diz o presidente da CPFL Renováveis, André Dorf. “Faltam instrumentos que tragam atratividade para os investimentos de longo prazo no setor elétrico e o crédito que temos hoje está muito caro.”


Dorf acredita que o cenário deve levar a um avanço das operações de fusão e aquisição no mercado, com a redução do número de companhias atuantes. Segundo ele, apesar de ficar fora dos últimos leilões de geração devido ao ambiente econômico desfavorável, a CPFL está interessada em boas oportunidades, tanto de novos projetos como para adquirir outros grupos menores. Do lado da transmissão, serão necessários cerca de R$ 20 bilhões para atender aos projetos considerados estruturais nos últimos anos, calcula o presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales. Ele lembra que 15 lotes oferecidos nos leilões de linhas transmissoras promovidas neste ano não receberam nenhuma proposta, o que mostra que os ativos não têm sido considerados atrativos pelos empreendedores.


De acordo com o especialista, entre as principais causas para os certames vazios estão o cenário de crédito mais restrito, a taxa de remuneração insuficiente e as incertezas regulatórias trazidas pelas dificuldades de licenciamento. O grande desafio do setor, na opinião de Sales, passa pela recuperação da confiança. Nos cálculos da CPFL, 78% das obras de transmissão e conexões estão atrasadas, o que já prejudica o desenvolvimento de projetos eólicos e solares fotovoltaicos no Nordeste. Segundo Dorf, a questão vai se tornar um componente cada vez mais importante no cálculo para a decisão de investir ou não em empreendimentos de geração de energia.


Para a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), Elbia Gannoum, a atração de capital estrangeiro para o setor elétrico pode ser uma saída para os problemas de financiamento. Mesmo diante das incertezas políticas e econômicas do País, ela garante que vem sendo procurada por uma série de investidores internacionais, que consideram que os ativos no País estão mais baratos. A discussão sobre os preços da emissão de carbono também incentiva os países a reduzirem suas emissões, sobretudo no setor elétrico, com a redução da queima de combustíveis fósseis. Em 2014, as emissões de CO2 pelo segmento de energia elétrica subiram 23% com o acionamento das termelétricas para compensar a falta de água para geração.



Fonte: Ideia Fixa – Gestão de Informação


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