ÉPOCA vai selecionar as melhores perguntas dos leitores para os líderes do povo Kayapó, que estarão no Rio de Janeiro para participar da Rio+20
Raoni Metuktire e Megaron Txucarramãe são dois dos principais líderes indígenas do Brasil. Kayapós de Mato Grosso, entraram em contato pela primeira vez com os não-índios na década de 1950, em expedição dos irmãos Villas-Bôas que resultou, décadas depois, na criação do Parque Indígena do Xingu. Eles aprenderam português com os Villas-Bôas, e passaram a atuar na defesa de direitos políticos e na demarcação de terras indígenas.
Raoni ganhou notoriedade no final da década de 1980. Junto com o cantor Sting, ele percorreu 17 países pedindo recursos para enfrentar o desmatamento e ajuda para impedir a construção da hidrelétrica de Kararaô, no rio Xingu. O projeto foi barrado na época, mas nos anos 2000 foi retomado pelo governo brasileiro, com o nome de Belo Monte.
A luta contra a usina de Belo Monte já gerou problemas para os líderes. Megaron, que foi o primeiro indígena a assumir um posto de chefia no Parque Indígena do Xingu e atuava desde 1995 na Funai de Mato Grosso, foi exonerado de seu cargo em outubro do ano passado. A demissão revoltou os kayapós, que disseram que foi motivada pela atuação de Megaron em protestos contra a usina de Belo Monte. A Funai negou motivação política na exoneração.
Raoni e Megaron estarão no Rio este mês, para a conferência das Nações Unidas Rio+20. Eles vão divulgar o Fundo Kayapó, um fundo de investimentos que busca criar alternativas econômicas para os povos indígenas e reforçar o monitoramento de seu território.
No Rio de Janeiro, antes da Rio +20, eles vão responder às perguntas do leitores de ÉPOCA. Envie a sua por meio da área de comentários abaixo. Não se esqueça de preencher os campos com nome, sobrenome e e-mail.
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