Trecho de Dia do Escritor, de Marla de Queiroz
(facebook).
Eu sigo tentando construir signos novos que repertorizados abrirão possibilidades até então inexistentes. Como quando eu digo que o dia acorda ou que a dor cochila. Como quando eu sinto que o silêncio espreita o meu grito interno. Como quando eu berro que namoro o vento. Como quando eu falo que o amor morreu, quando ele não morre. Essa vida inspirada nessas dores contadas e que eu vivo quando escrevo. Essas paixões tão idealizadas e inventadas que me custam a perda do apetite, o aumento da libido e o aperto no peito. Esse acordar sem paisagens possíveis porque as teci como quando se pinta uma aquarela que não seca nunca... E as cores continuam dançando na tela e apresentando novos caminhos. Essa vida presa do outro lado da janela.
Fotografia de Hengki Koentjoro.
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