As pessoas de 50 anos de hoje em nada lembram as da década de 1970. Muitas têm o corpo tão ou mais em forma que seus filhos adultos. Outras estão no pique para ter filhos (biológicos ou adotados), começar uma nova faculdade, um novo romance, uma nova empreitada ou qualquer outra aventura. É um fenômeno mundial. Só na livraria on-line Amazon, há mais de 100 livros escritos na última década sobre o tema: Os novos velhos, Os sem idade, Os imortais. A profusão de títulos é só um sintoma. A postura dessa nova idade tem impacto direto na economia, no mercado de trabalho, no consumo, nos relacionamentos, nas relações familiares – em toda a sociedade.
É como se, em questão de poucas décadas, a população ativa do país dobrasse. Foi o que aconteceu no Brasil. Em 50 anos, a expectativa de vida da população aumentou de 48 para 73 anos. Deverá chegar a 80 em 2050. Ao se distanciar da morte, os cinquentenários se distanciaram também da velhice. Eles têm disposição física, mental e financeira. O fato de não se verem como os mais velhos do grupo contribui para o sentimento de bem-estar com a própria idade. Uma pesquisa da seguradora MetLife, feita com mais de 2 mil americanos, estima que mais da metade dos nascidos entre 1955 e 1964 tem ambos os pais vivos. Apenas 11% já perderam os dois. Os cinquentões ainda são os filhos e, em muitos casos, cuidam dos mais velhos.
Revista Época
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