19/12/2012

Arcebispo de Évora pede atenção às «mil situações de pobreza»


D. José Alves espera generosidade para com quem passa maiores dificuldades

Lusa
Évora, 19 dez 2012 (Ecclesia) – O arcebispo de Évora pediu hoje uma atenção às situações de pobreza e dificuldade geradas pela crise económica no país e apelou à generosidade na resposta a estas situações, na sua mensagem de Natal.
“Ao depararmos com aqueles que vivem em pobreza e se debatem com dificuldades, adotemos a mesma atitude que tiveram os pastores de Belém e os magos vindos do Oriente: reconheçamos neles uma manifestação de Deus, abramos o coração aos apelos que se elevam das mil situações de pobreza e ofertemos os presentes, que a nossa condição permite”, escreve D. José Alves, num documento enviado à Agência ECCLESIA
O arcebispo fala do Natal como um tempo que “rasga horizontes de esperança” para Portugal, “enredado nos meandros do consumismo” e “fortemente pressionado por graves problemas económicos, sociais e políticos, difíceis de resolver”.
Um país, acrescenta, que “anseia por alguém que faça renascer a esperança da libertação futura”.
“Só a esperança da libertação pode consolar os que vivem angustiados e aflitos com a falta de salários, a falta de agasalho e a falta de alimentos, que põe em causa a sobrevivência”, precisa D. José Alves.
Numa reflexão teológica, o prelado sublinha que o nascimento de Jesus vem libertar a humanidade “do maior de todos os inimigos, isto é, do pecado que inquina as relações entre os indivíduos, as instituições e os povos”.
“Todos os anos pelo Natal, o nascimento do Menino é anunciado de mil maneiras, dentro e fora das igrejas. É o pregão que todos devemos acolher no coração e transmitir por toda a parte, sem parar”, acrescenta.
O arcebispo de Évora sustenta que o “anúncio do nascimento do Menino” continua hoje a “ter impacto nos corações e constitui notícia que merece ser anunciada”.
“Acreditar nesse Menino há de ter consequências práticas e manifestar-se em obras. Não basta visitar o presépio que se arma nas igrejas, nas instituições ou nas casas de família. Não basta uma evocação poética do frio, da falta de lugar na hospedaria, das precárias condições em que se deu o nascimento do Menino”, alerta.
OC

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