Obra Católica encerrou comemorações do seu cinquentenário
Lisboa, 19 dez 2012 (Ecclesia) – O diretor da Obra Católica Portuguesa de Migrações (OCPM) realçou esta terça-feira, em Lisboa, que os 50 anos desta instituição têm “laivos de autêntica epopeia” e foi “construída de mãos dadas” com outras organizações.
Na sessão de encerramento do cinquentenário da OCPM, realizada na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, frei Francisco Sales sublinhou que os agentes da pastoral que trabalham com os emigrantes são os “grandes promotores da língua e da cultura portuguesa no seio das comunidades”. O presidente da Comissão Episcopal da Pastoral Social e da Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, disse aos presentes que a Igreja Católica – “com vasta experiência curricular no auxílio às fragilidades humanas” – soube “antecipar-se e esperar a chegada de milhares de portugueses” às terras que os acolheram. Foi nesse contexto que surgiu há 50 anos a OCPM para acolher esses emigrantes que “abandonaram o aconchego do seu lar” e partiram para em busca do desconhecido e a “concretização dos seus sonhos”, acentuou o arcebispo de Braga. Se a OCPM tem uma “grande projeção” a nível nacional e internacional, “sendo reconhecido o seu trabalho quer pelo Estado, quer pela sociedade”, esta deve-se a “parcerias, apoio e colaboração de muitas pessoas e instituições”, acrescentou. Também presente na cerimónia, a alta-comissária para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI) apontou cinco marcas da OCPM: pioneirismo; convicção de ideias; perseverança, capacidade de diálogo e audácia. Esta instituição da Igreja Católica “tem sido uma peça necessária ao diálogo intercultural”, afirmou Rosário Farmhouse, às centenas de participantes na sessão. Os 50 anos da OCPM é apenas “o início de uma história que continuará no futuro” porque as migrações “fazem parte do próprio existir humano”, acentuou frei Francisco Sales. Em relação ao futuro, o diretor da OCPM afirmou que o empenho desta instituição passa por “um contributo à mudança de mentalidades” daqueles que na sociedade atual “colocam a economia e a finança” como valores supremos. Na cerimónia de encerramento, a OCPM entregou diplomas e medalhas a pessoas e instituições – entre elas a Agência ECCLESIA - que trabalharam em prol das migrações. LFS |
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