Texto Juliana Batista | Foto Lusa | 21/12/2012 | 07:45
O Comité Central do Partido Comunista Chinês emitiu um comunicado onde ordena o reforço da vigilância contra a evangelização cristã nas universidades. E pede às instituições de ensino superior para se protegerem do cristianismo
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Os estrangeiros que promovem a religião cristã nas universidades chinesas são como uma doença, uma conspiração política para dividir e ocidentalizar a China, refere um documento emitido pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês, obtido pela China Aid (organização cristã norte-americana), e divulgado no site do jornal The Washington Post.
Com uma linguagem evocativa da Guerra Fria, o documento tem como título «Sugestões para resistir bem ao uso da religião por indivíduos estrangeiros para se infiltrarem em institutos de ensino superior e para evitar o evangelismo nos campus universitários». «As forças hostis estrangeiras têm dado grande ênfase à utilização da religião para se infiltrarem na China e desencadearem os seus planos conspirativos de ocidentalizar e dividir o país. Consideram os institutos de ensino superior como alvos prioritários para se infiltrarem, usando a religião, em particular o cristianismo», lê-se no comunidado.
As recomendações têm sempre como tema de fundo o aumento «da propaganda e a educação sobre a visão marxista da religião e os princípios do partido». Mas há ideias concretas «para atacar tanto os sintomas como a causa da doença». Por exemplo, controlar mais a concessão de vistos a estrangeiros que estudam nas universidades chinesas, não deixar entrar quem tenha como principal interesse a evangelização dos chineses, e analisar com atenção o caso de viagens organizadas com motivos turísticos, porque podem ser uma ocasião para pôr uma semente religiosa no pensamento dos jovens chineses.
Por outro lado, é pedido aos responsáveis das universidades que tenham mais atenção à vida espiritual e emocional dos seus alunos. «Os conselheiros devem ter conversas longas de coração aberto com os estudantes para conhecer atempadamente o seu estado ideológico, responder a questões que os preocupem, guiar os seus sentimentos», sublinha o documento.
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