Texto Domingos Forte | Foto DR | 22/12/2012 | 07:45
Presépio em barro, da Baía, no Brasil
A forma como se vive o Natal é diferente de continente para continente, país para país, de povo para povo. Para assinalar esta quadra, a FÁTIMA MISSIONÁRIA recupera, ao longo deste fim de semana, alguns testemunhos vivos dessas diferenças
IMAGEM
As crianças de um orfanato da Baía, Brasil, escutaram a história do Natal. Maria e José chegaram a Belém, mas tiveram de se recolher num estábulo, onde o Menino Jesus acabou por nascer. Todas estavam encantadas. Terminada a história, os pequenotes receberam três pedacinhos de cartão, um quadradinho de papel de uns guardanapos amarelos, uns minúsculos pedacinhos de flanela, cortados de uma velha camisa, e um retalho acastanhado. E mãos à obra!
Tudo correu bem até que..., a postura compenetrada de um menino, de seis anitos, me chamou a atenção. Olhei para o presépio dele e fiquei admirado ao ver não um menino, mas dois. Quis saber porquê dois «Jesuses». Cruzou os bracitos e, em tom sério, começou a narrar toda a história. Até nem estava mal contada! Mas, quando chegou à parte em que Maria depõe o bebé no presépio, começou a inventar o final da história.
E concluiu mais ou menos assim: «Maria deitou o bebé na manjedoura, Jesus olhou para mim e perguntou-me se eu tinha lugar onde ficar. Disse-lhe: Não tenho nem mãe nem pai, e não tenho lugar para ficar. Jesus disse-me que eu podia ficar ali com Ele. Mas eu disse-lhe que não podia. Não tinha um presente para lhe dar. Mas eu queria muito ficar com Jesus! Lembrei-me que poderia dar-lhe um pouco de calor. E perguntei-lhe: Se te der calor, aceitas? Jesus disse-me: Se me deres calor, vai ser o melhor presente que alguma vez recebi. Deitei-me no presépio ao lado de Jesus. Ele olhou-me e disse: Podes ficar aqui para sempre».
Os olhitos do pequeno pareciam dois lagos beijados pela luz do sol. Tapou a cara, agachou a cabeça, pousando-a sobre a mesa, e os seus ombros começaram a sacudir-se num choro convulsivo. O pequeno órfão parecia ter encontrado alguém que jamais o abandonaria nem abusaria dele. Porque não inventamos um novo Natal?
Tudo correu bem até que..., a postura compenetrada de um menino, de seis anitos, me chamou a atenção. Olhei para o presépio dele e fiquei admirado ao ver não um menino, mas dois. Quis saber porquê dois «Jesuses». Cruzou os bracitos e, em tom sério, começou a narrar toda a história. Até nem estava mal contada! Mas, quando chegou à parte em que Maria depõe o bebé no presépio, começou a inventar o final da história.
E concluiu mais ou menos assim: «Maria deitou o bebé na manjedoura, Jesus olhou para mim e perguntou-me se eu tinha lugar onde ficar. Disse-lhe: Não tenho nem mãe nem pai, e não tenho lugar para ficar. Jesus disse-me que eu podia ficar ali com Ele. Mas eu disse-lhe que não podia. Não tinha um presente para lhe dar. Mas eu queria muito ficar com Jesus! Lembrei-me que poderia dar-lhe um pouco de calor. E perguntei-lhe: Se te der calor, aceitas? Jesus disse-me: Se me deres calor, vai ser o melhor presente que alguma vez recebi. Deitei-me no presépio ao lado de Jesus. Ele olhou-me e disse: Podes ficar aqui para sempre».
Os olhitos do pequeno pareciam dois lagos beijados pela luz do sol. Tapou a cara, agachou a cabeça, pousando-a sobre a mesa, e os seus ombros começaram a sacudir-se num choro convulsivo. O pequeno órfão parecia ter encontrado alguém que jamais o abandonaria nem abusaria dele. Porque não inventamos um novo Natal?
Nenhum comentário :
Postar um comentário