O Delegado Nacional da Pastoral Carcerária da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), padre Ponc Capell, acusa as autoridades venezuelanas de não se mostrarem comprometidas com assistência religiosa aos presos, ignorando, em muitos casos, este direito. Dos 40 capelães designados pela Conferência Episcopal, só 26 foram reconhecidos pelo governo. E muitos dos voluntários estão impedidos de entrar nos estabelecimentos prisionais há mais de um ano.
«Desde dezembro de 2011, não entramos formalmente nas prisões, porque temos uma proibição explícita do governo. Assim, os nossos voluntários devem ir para visitar os presos, como se tratasse de uma visita familiar, o que limita muito o trabalho e o processo de reabilitação», denuncia María José González, chefe do escritório da Cáritas em Los Teques, que há seis anos trabalha na Pastoral Carcerária da região de Miranda.
O padre Capell alerta ainda para a politização do tema das prisões. Segundo o sacerdote, citado pela agência Fides, existe uma tendência para a promoção do voluntariado ideológico, em detrimento do religioso. Apesar destes entraves, os religiosos prometem não baixar os braços. «Vamos continuar a trabalhar com mais energia e entusiasmo, porque sabemos que os governos passam, mas a Igreja permanece. Além disso, haverá sempre pessoas dispostas a compartilhar a experiência de Deus e ter a motivação para a mudança», assegura o responsável.
Fátima Missionária
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