Cardeal Gianfranco Ravasi - Foto: Pulicação |
Deu na Folha de São Paulo. A importância da escolha do cardeal italiano Gianfranco Ravasi, presidente do Pontifício Conselho de Cultura, para pregar no retiro papal da Quaresma, iniciado no domingo e que se estenderá por uma semana, leva a crer que poderá ser o nome escolhido para substituir Bento XVI. Pregar na Quaresma é uma grande honra que foi dada a Karol Wojtyla e a Joseph Ratzinger antes de eles se tornarem respectivamente João Paulo 2º e Bento 16.
"Isso não apenas será interpretado como um sinal de que Ravasi é bem-visto pelo papa, como dará a ele uma plataforma", comentou John Thavis, ex-diretor da sucursal em Roma da agência de notícias Catholic News Service, ligada à igreja, e autor de "The Vatican Diaries".
"Geralmente os candidatos não ganham destaque pelas coisas que estão fazendo em suas arquidioceses locais, que é o que mais importa para seus fiéis, mas sim pelo que fazem no centro da igreja universal."
"O mais importante é o contato pessoal", comentou monsenhor James P. Moroney, reitor do Seminário St. John's, de Boston, e liturgista que já trabalhou no Vaticano e na conferência de bispos dos Estados Unidos, em Washington. "A reputação da pessoa é muito importante, mas os relacionamentos pessoais que você forma são o que realmente levam você a tomar uma decisão."
No último conclave, oito anos atrás, houve alianças entre cardeais liberais e conservadores.
"Desta vez, a maioria dos cardeais segue a mesma linha", diz o monsenhor Anthony Figueiredo, diretor do Instituto de Formação Teológica Contínua do North American College, em Roma.
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