Trabalhos de adaptação envolvem especialistas em eletrotecnia, construção civil, hidráulica, mecânica, carpintaria e museologia
Cidade do Vaticano. 07 mar 2013 (Ecclesia) – A Capela Sistina, no Vaticano, onde vai ser eleito o próximo Papa, continua a receber obras de adaptação para o escrutínio, revelou hoje o porta-voz da Santa Sé, padre Federico Lombardi.
Os trabalhos, que implicaram esta terça-feira o encerramento ao público, incluem a elevação do pavimento, o escurecimento das janelas e a introdução das duas salamandras, de 1938 e 2005.
Numa das salamandras vão ser queimados os sufrágios e anotações referentes às votações, enquanto que na outra, com dispositivos eletrónicos, será criado o fumo preto ou branco que indica, respetivamente, se a eleição prossegue ou se o novo Papa foi escolhido, refere a agência de notícias do Vaticano.
Especialistas em eletrotecnia, construção civil, hidráulica, mecânica, carpintaria e museologia estão envolvidos nas obras, indica a mesma fonte.
O documento que regulamenta a eleição do Papa, ‘Universi Dominici Gregis’, promulgado em 1996 por João Paulo II, refere-se ao fresco ‘Juízo Final’, pintado por Miguel Ângelo na parede do altar da Capela Sistina.
“Disponho que a eleição continue a desenrolar-se na Capela Sistina, onde tudo concorre para avivar a consciência da presença de Deus, diante do qual deverá cada um apresentar-se um dia para ser julgado”, assinala o Papa polaco.
A constituição estipula igualmente que a Capela Sistina seja inspecionada por “dois técnicos de confiança”, para assegurar que “nenhum meio de captação ou transmissão audiovisual seja introduzido” no espaço.
A Capela Sistina deve o seu nome a Sisto IV, Papa entre 1471 e 1484, que promoveu as obras de restauro da antiga Capela Magna a partir de 1477.
O padre Federico Lombardi revelou também na conferência de imprensa de hoje que foi eliminado dos jardins do Vaticano o brasão de armas do Papa emérito Bento XVI, ao mesmo tempo que se começam a preparar as flores para acolher a insígnia do sucessor.
O Conclave, palavra com origem no latim 'cum clavis' (fechado à chave), pode ser definido como o lugar onde os cardeais se reúnem em clausura para eleição do Papa.
OC/RJM
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