10/03/2013

Papa: Scola mantém favoritismo, seguido de Odilo e Ouellet



dom, 10/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave


Prelados brasileiros que estão em Roma apontam o cardeal italiano Angelo Scola, arcebispo Milão, como o favorito para o conclave. Além dele, também aparecem com chances de conquistar um número expressivo de votos no primeiro escrutínio o canadense Marc Ouellet, que comandava a Congregação dos Bispos, e o brasileiro Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo.
Oullet e Odilo podem surgir  como o candidato anti-Scola. Seria algo semelhante ao que ocorreu em 2005, quando o argentino Jorge Mario Bergoglio funcionou como o candidato anti-Ratzinger.
“Ninguém abre totalmente os votos, mas tudo indica que esses serão os mais votados nos primeiros escrutínios”, observou um prelado em conversa com o Blog.
Segundo este prelado, apesar das especulações mais recentes na imprensa italiana, o cardeal americano Timothy Dolan, de Nova York, tem pouca chance de ser escolhido papa. Outro que aparece como papável na mídia, mas que tem chance reduzida entre os cardeais, é o purpurado da Hungria, Péter Erdo, arcebispo de Budapeste.
Também perdeu força o nome do cardeal italiano Gianfranco Ravasi. “Ele foi muito citado no início. Ravasi é um grande intelectual, mas não tem experiência pastoral”, observou.
Outros nomes que aparecem como papáveis, terão possibilidades remotas dentro da Capela Sistina. Nesse grupo está o do cardeal Luis Tagle, arcebispo de Manila. “É muito jovem”. Outro papável da mídia com pouca chance real no conclave é o cardeal Peter Turkson, de Gana.
Esse é o cenário apurado pelo Blog depois de ouvir vários prelados brasileiros nos últimos dias. Mas como já alertou dom Cláudio Hummes, em recente entrevista ao Jornal das Dez, da Globo News, quem entra papa num conclave, costuma sair cardeal. “Mas toda a regra tem exceção”, lembrou o cardeal Hummes.
Publicado às 7h30

‘Não ficaria surpreso se o Odilo ganhasse’

sáb, 09/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Um bispo brasileiro fez o seguinte comentário ao Blog depois de conversar por telefone com um purpurado que participará do conclave: ‘Não ficaria surpreso se o Odilo ganhasse’.
Isso mostra que cresceu muito nos últimos dias a candidatura do cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo. O seu principal cabo eleitoral é o influente cardeal italiano, Giovanni Battista Re, prefeito emérito da Congregação para os Bispos e presidente emérito da Pontífícia Comissão para a América Latina.
Com a divisão interna de cardeais italianos, Odilo pode ser favorecido ao ser apresentado como um nome de consenso.
Publicado às 12h21

Favoritos só aparecem no 1º escrutínio, diz cardeal de Brasília

sáb, 09/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Veja reportagem no Jornal das Dez:
Publicado às 12h02

Cardeal mostra ao G1 documentos do último conclave

sáb, 09/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

O cardeal dom José Freire Falcão, arcebispo emérito de Brasília, avalia que independente das especulações atuais, os papáveis só serão conhecidos no primeiro escrutínio do conclave.
“Creio que são muitos nomes. Diferente do cardeal Ratzinger, que já era muito falado, agora os preferidos só serão conhecidos no primeiro escrutínio. Portanto, qualquer um que seja escolhido não deixa de ser uma surpresa”, disse ao Blog dom Falcão.
Aos 87 anos, ele não participará do conclave. Em 2005, foi um dos quatro cardeais brasileiros que participaram da escolha de Bento XVI.
Ao Blog, ele mostrou os principais documentos entregues aos cardeais no último conclave. “Antes de votar, se faz um juramento”,  conta  dom Falcão, ao relatar sua emoção de escolher um Papa.
Veja vídeo em que dom Falcão mostra a cédula de votação:
Abaixo, o cardeal Falcão apresenta os documentos do conclave de 2005.
Veja as fotos (publicado às 7h21):
Brasão da Sede Vacante

Cédula de votação

Mapa da Capela Sistina com a indicação do lugar em que fica cada cardeal

A lista de votação dos escrutínios usadas pelos cardeais para contar os votos


‘Conclave deve terminar na primeira semana’, diz cardeal brasileiro

sex, 08/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

O cardeal de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, prevê que o conclave que começará na próxima terça-feira vai ser concluído em até uma semana. “O conclave não será tão rápido como foi o último, mas também não será tão longo. Acho que o conclave termina na primeira semana. Não deve entrar pela segunda semana”, avaliou dom Damasceno em conversa com o Blog, por telefone.
Segundo ele, o primeiro escrutínio será importante para apresentar os papáveis que terão chance no conclave. “Logo depois do primeiro escrutínio, ficará mais claro quem tem chance”, observou.
Para o arcebispo de Aparecida, não há um clima de disputa entre os cardeais. “Essa disputa só aparece na mídia. O ambiente é de muita transparência, fraternidade e troca de experiência entre os cardeais”, ressaltou. “Nas congregações gerais não se tira a palavra de ninguém. Todos falam e são ouvidos”, disse.
Por fim, ele enfatiza o lado positivo da grande visibilidade que o Vaticano passou a ter na mídia. “Essa é uma oportunidade para divulgar a Igreja. Deus escreve certo por linhas tortas”.
Publicado às 17h33

Os riscos da candidatura precoce do cardeal Odilo Scherer

qui, 07/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Integrantes do episcopado brasileiro estão preocupados com o lançamento precoce da candidatura do cardeal de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, por cardeais americanos. O temor é que esse movimento possa queimar as chances de Scherer. Isso porque a grande exposição dele nos últimos dias levantou aspectos positivos, mas também negativos para a escolha do Odilo como o próximo Papa.
Entre os aspectos positivos levantados, está o fato dele ser da América Latina, o que poderia simbolizar uma renovação no Vaticano. Dom Odilo também já viveu na Cúria Romana, onde trabalhou na Congregação para os Bispos. Além disso, ele tem uma atuação classificada de “corajosa” no comando de uma das maiores arquidioceses do mundo.
O fato de o cardeal brasileiro ter enfrentado pessoalmente estudantes da PUC, recentemente, é apontado como um traço forte da sua personalidade. Apesar de ter sido agredido verbalmente, ele não se intimidou e manteve o ato religioso no pátio da universidade (veja vídeo abaixo).

Mas o Blog apurou que nestes últimos dias, alguns integrantes do episcopado brasileiro começaram a ser consultados por colegas de todo o mundo para traçar um perfil de dom Odilo. O próprio episódio da PUC também explicitou a personalidade mais rígida do cardeal de São Paulo.
Outro fato que chamou a atenção é de que, em 2011, ele perdeu a disputa para o comando da CNBB. Na ocasião, o cardeal de Aparecida, dom Raymundo Damasceno, foi eleito no segundo escrutínio com 196 votos (71% dos votos válidos).  Dom Odilo recebeu 75 votos.
Esse placar mostra que há resistência ao nome de dom Odilo entre integrantes do episcopado brasileiro. De perfil conservador, ele é apontado como um cardeal pouco político no trato com os bispos brasileiros. “Tem um estilo mais alemão. É muito direto e objetivo. Não é de fazer política”, resume um influente prelado que conviveu com dom Odilo na CNBB, quando ele foi secretário-geral da entidade.
Esses comentários acabam contaminando os cardeais que vão participar do conclave.  “O grande problema é que lançaram muito cedo a candidatura de dom Odilo. Certamente, é uma tentativa de queimá-lo”, alertou esse prelado, que é próximo do cardeal.
“Os purpurados americanos lançaram dom Odilo no início do pré-conclave e agora tentam emplacar o cardeal de Nova York. Ou seja, enquanto dom Odilo ficou exposto, Dolan foi preservado”,  constatou um bispo brasileiro em conversa com o Blog, numa referência às movimentações recentes em torno do arcebispo de Nova York, Timothy Dolan.
Publicado às 8h28
Atualizado às 14h40

Reação de cardeais da Europa à escolha de um Papa do Novo Mundo

qua, 06/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Integrantes do episcopado brasileiro começam a receber as primeiras notícias das conversas de bastidores que acontecem no Vaticano, durante o chamado pré-conclave. Uma coisa é certa: começou uma forte pressão dos cardeais da Europa para que o próximo Papa seja do continente. É uma reação ao movimento de alguns cardeais americanos que articulam uma candidatura competitiva para enfrentar os purpurados do Velho Mundo.
Os italianos insistem em recuperar o comando do Vaticano. Mas não há um nome de consenso. Avaliação preliminar é de que o arcebispo de Milão, Angelo Scola, tem um bom número de votos para liderar os primeiros escrutínios do conclave. Mas ele teria dificuldade para atingir os 2/3 dos votos, observou um bispo brasileiro.
Entre os nomes que começam a surgir com força como uma solução dentro da Europa, mas fora da Itália, está o do cardeal Péter Erdo, arcebispo de Budapeste. Considerado um talento precoce dentro dos muros do Vaticano, Erdo é o presidente das Conferências Episcopais Europeias. “Ele só tem um problema: com 60 anos, é muito jovem. Se procura um nome nem tão jovem, como Karol Wojtyła, e nem com idade tão avançada, como Joseph Ratzinger”, observou esse bispo.
Publicado às 17h16

Dom Orani: ‘Futuro Papa será um sinal de unidade da Igreja’

ter, 05/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Do Rio de Janeiro – Depois que o Papa Emérito Bento XVI alertou para as divisões que desfiguram o rosto da Igreja, o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, disse que o novo papa será um sinal de unidade dos católicos. “Vai ser o sinal da unidade de toda a Igreja”, observou dom Orani.
Em conversa com o Blog no Palácio Episcopal São Joaquim, no Rio de Janeiro, dom Orani ressaltou um dos desafios do futuro pontífice.
“Ele vem para um mundo em mudança, em transformação. Então vai ter que falar com esse mundo, com toda a sociedade de mudança e transformação, sabendo como transmitir, de maneira positiva, as verdades da fé”, disse o arcebispo.
Veja trecho da entrevista de dom Orani:
Publicado às 7h21

‘Ainda é muito difícil fazer qualquer previsão’, diz cardeal de Aparecida

seg, 04/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Sem perder o humor, o cardeal arcebispo de Aparecida, dom Raymundo Damasceno reforçou que não tem fundamento a notícia divulgada por uma agência italiana de que ele não votaria no cardeal arcebispo de São Paulo, dom Odilo Scherer, durante o conclave. “Um mineiro não cai nessa. Não tem fundamento. Jamais me pronunciaria contra um coirmão”, disse dom Damasceno em conversa com o Blog por telefone.
“Aqui, ninguém fala em quem vai votar. Certamente, quem escreveu isso, não sabe que eu sou mineiro”, brincou dom Damasceno, que estava ao lado do cardeal arcebispo de Washington, Donald Wuerl, no Vaticano, enquanto falava com o Blog. Ele disse que nesse primeiro dia de pré-conclave, ainda está tudo em aberto. Segundo ele, não há definição de nomes e de favoritos. “Ainda é muito difícil fazer qualquer previsão”, observou o cardeal de Aparecida.
Publicado às 17h30

Ao Blog, cardeal de Aparecida faz um perfil dos papáveis

sáb, 02/03/13

por Gerson Camarotti |
categoria Conclave

Antes do início do conclave,  o cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, fez um rápido perfil, em conversa com o Blog, sobre alguns purpurados que são citados como papáveis.
Num momento de muita especulação, a análise de dom Damasceno sobre seus colegas do Colégio de Cardeais passa a ser uma fonte segura para quem deseja conhecer alguns nomes que surgem como favoritos. Confira abaixo alguns nomes.


O arcebispo italiano Gianfranco Ravasique tem cargo equivalente ao de ministro da Cultura do Vaticano.
É um cardeal que está a frente do Pontifício Conselho para a Cultura. Tem a sua origem em Milão. Foi professor na Universidade Católica de Milão. Um cardeal de uma cultura muito vasta, muito grande. Sua formação é biblista, tem uma facilidade muito grande de comunicação. Hoje é um dos cardeais mais conhecidos em Roma pela sua produção literária. Você encontra em todas as livrarias católicas, e mesmo em outras livrarias em Roma, livros de autoria do cardeal Ravasi. Sem dúvida nenhuma é um cardeal muito capaz e muito culto. Preparado. Conhecedor das línguas orientais, línguas modernas. Já tive contato com ele em vários momentos, Portanto é um perfil muito interessante também, que certamente os cardeais terão em conta também.”


O arcebispo de Milão, Angelo Scola.
Foi cardeal em Veneza, uma sede que tem dado muitos papas à Igreja. Basta lembrar do papa João Paulo I, Papa João XXIII. Hoje é arcebispo de Milão, que é uma das arquidioceses mais importantes da Itália, senão a mais importante. Ali tiveram grandes bispos, grandes cardeais, a começar pelo cardeal antecessor do cardeal Scola, o cardeal Dionísio Tettamanzi, um grande cardeal. Cardeal Martini, um grande cardeal da Igreja. E hoje esta ai o cardeal Angelo Scola, que também é muito conhecido no mundo da Igreja, é um bom teólogo. Tem algumas publicações. Tem a experiência pastoral de governar grandes dioceses, no caso Veneza e atualmente Milão. De modo que é um cardeal que se destaca no Colégio de Cardeais.”


O arcebispo de Viena, Christoph Schönborn.
“Cardeal dominicano, um religioso, um teólogo muito conhecido pelos seus escritos. Lecionou na universidade de Munique, onde o Papa Bento XVI foi arcebispo. É da mesma formação do cardeal Ratzinger. Vem exercendo seu magistério na Igreja de Viena, uma sede muito importante, embora  o fato da Áustria ser um país muito secularizado, sem dúvida nenhuma. Mas ele tem feito um grande governo pastoral na arquidiocese de Viena. Creio ser um dos nomes que se destaca hoje no Colégio dos Cardeais, pelo seu preparo teológico, pela sua influência no continente europeu.”


O cardeal canadense Marc Ouellet, que estava no comando da Congregação para os Bispos.
“É um cardeal muito conhecido. Para os latino-americanos, ele tem um aspecto muito favorável aos que são da Igreja na América Latina e no Caribe. Ele viveu na Colômbia muitos anos, pelo menos 12 anos, como professor de teologia, inclusive no seminário de Bogotá. Depois voltou para o Canadá, foi para Roma e nomeado secretário do Pontifício Conselho para a União dos Cristãos, que cuida do diálogo ecumênico. Logo em seguida, permaneceu por uns dois anos e foi transferido para Quebec, como arcebispo de Quebec. Ele é doutor em teologia. É uma pessoa muito próxima do Papa Emérito Bento XVI. Fala diversas línguas. Esteve em Aparecida na nossa conferência no ano passado, para dirigir o nosso dia de espiritualidade na 50ª Conferência do episcopado brasileiro. De modo que é um cardeal muito competente, muito capaz.”

Publicado às 7h48

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