Grupo com bandeiras do Brasil fez trajeto até o Vaticano neste domingo.
Caminhada costuma ser abençoada pelo Papa.
Um grupo de cerca de 40 religiosos brasileiros realizou na manhã deste domingo uma caminhada pelas ruas de Roma até o Vaticano, uma forma de relembrar o tempo da Quaresma. A caminhada, que já acontece há cerca de 15 anos, costuma terminar na Praça São Pedro no momento em que ocorre o Ângelus, benção dada pelo Papa todos os domingos. Nos últimos anos, o grupo costumava ser citado pelo Papa Bento XVI. Desta vez, a caminhada ocorrem em um período sem Papa, e teve como uma das intenções de suas orações o conclave e o próximo Papa.
O grupo iniciou a caminhada na Igreja de San Bernardo alle Terme, perto da Piazza della Repubblica, onde foi realizada uma missa em português às 7h30. De lá, o grupo seguiu caminhando pelas ruas em meio a orações e canções, parando em algumas das igrejas do caminho para momentos de leitura e reflexões.
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“Todos os anos nos reunimos na Quaresma, também para refletir sobre o tema da Campanha da Fraternidade”, conta o Padre Tadeu Lima, de 54 anos, há um ano em Roma, um dos organizadores do encontro. “Hoje, sem Papa, não teremos a benção deles, mas vamos fazer um momento de oração entre nós. A benção fica para o próximo ano.”
O padre comentou sobre a expectativa dos religiosos para o conclave, que começa na próxima terça-feira (12), de onde sairá o nome do próximo Papa. “É uma sensação gostosa, eu estava presente quando o Papa saiu, vou estar quando o novo aparecer pela primeira vez”, afirmou ele, que disse acreditar que o escolhido será o mais capaz. “Se for um brasileiro, se for Dom Odilo, vamos adorar. Tem um pouco de nacionalismo brasileiro.”
A freira Marinei Pessanha Alves, de 51 anos, seis deles em Roma, afirmou que além da possibilidade de rezar e refletir sobre a Quaresma, a caminhada é uma ótima oportunidade de encontrar outros brasileiros. Sobre o próximo Papa, ela disse acreditar que a Igreja sempre tem o Papa que precisa naquele momento. “Não precisamos nos preocupar com isso. Todo mundo está rezando, a gente reza também. Mas Deus sabe o que faz, é um momento em que há mudanças, importante.”
Antes do início da caminhada, foram distribuídos lenços verdes e amarelos, e muitos dos religiosos carregavam bandeiras do Brasil, não deixando dúvidas quanto à nacionalidade dos fiéis. Apesar do foco da caminhada não ser o Papa, mesmo entre os participantes o assunto era recorrente.
“A expectativa é muito grande. Temos muitas possibilidades, muitas necessidade às quais a Igreja deve responder com mudanças. Se for um Papa brasileiro seria uma grande renovação espiritual para o Brasil, novas esperanças para a nação brasileira”, disse a freira Deise Naibo, de 29 anos, há um ano em Roma.
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