De acordo com Luis Terepins, presidente da Fundação Bienal, Esche era o nome mais alinhado com a construção de uma nova proposta para a mostra. “Era hora de arriscar. Esche trabalha em equipe, discute o mundo e a arte. Era o que queríamos”, disse. A Bienal passada foi comandada pelo venezuelano Luis Pérez-Oramas e ficou marcada por seu caráter mais museológico.
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Sobre o tema, Esche diz que vai procurar – a partir de julho, quando começa de fato seu trabalho com a Bienal – expressões artísticas voltadas às realidades contemporâneas ou que especulem o futuro. “Não sou contra os museus. Aliás, dirijo um. Mas é preciso pegar a temperatura do momento”, disse.
Em busca do que estará acontecendo, Esche disse que pretende estabelecer um diálogo com a sociedade em busca de artistas, seja onde eles estiverem. “Não precisa ser necessariamente em uma favela. Minha equipe vai buscar grupos, visitar comunidades”, disse Esche, que afirmou que pretende trabalhar com um grupo de 100 artistas.
Conhecido por aliar arte e política e projetos ousados, como a exposição Picasso na Palestina, em 2011, Esche descartou qualquer “revolução” no formato da Bienal. “A Bienal é o que é. Uma plataforma de arte. Às vezes é chata, sim. Mas isso não é problema da forma, e sim do conteúdo”, afirma, ao ressaltar que esse é o ponto de seu desafio.
Sobre o assédio de artistas ou empresários brasileiros em busca de um espaço na Bienal, Esche afirmou não ter recebido qualquer convite para jantar. “Eu posso pagar meu jantar. Mesmo em São Paulo, onde tudo é muito caro”, disse.
Revista Época
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