Padre Geovane
Saraiva*
Pe. Geovane Saraiva, nos sete anos
da Infância Missionária -
Paróquia Santo Afonso - Fortaleza - CE
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Na Bíblia
Sagrada encontramos a grande ordem expressa por Jesus, tendo sua origem em Deus
que é Pai, Filho e Espírito Santo, a partir do mistério da encarnação e da
redenção, que podemos chamar de mistério pascal, isto é, realização plena da
humanidade, no comunicado à Igreja, de que ela é missionária, é enviada com a
seguinte finalidade: “Ide pelo mundo inteiro e pregai o Evangelho a toda
criatura” (Mc 16, 15); “Ide, portanto, e fazei que todas as nações se
tornem discípulos, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a observar tudo quando vos ordenei” (MT 28, 19-20); e ainda:
“Recebereis uma força, a do Espírito Santo, que descerá sobre vós e sereis
minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins da
terra (At 1, 8).
No Novo
Testamento, a missão refere-se, em primeiro lugar ao Pai, que envia seu Filho
Jesus, com encargo de realizar sua santa vontade e ao mesmo tempo consumar a
obra do nosso bom Deus (cf. Jo 4, 34). Por sua vez, Jesus envia os doze, envia
outros discípulos e também envia as discípulas, com a mesma missão de serem
testemunhas, no anúncio da boa nova da salvação até os confins da terra.
Nossa
missão, decorrente do batismo, é para que sejamos pessoas marcadas pela graça
de Deus, no anúncio e no testemunho, com a tarefa de transformar a realidade,
marcada pelo pecado e por todo tipo contradição, com o dever de fermentá-la e
transformá-la numa nova civilização, apresentando ao mundo sinais de esperança
e solidariedade, não através de belas palavras ou de pregações bonitas e
milagrosas, mas acima de tudo, pela prática e pelo testemunho. Deus leva em
conta à mística, bem com o testemunho e o modo coerente de viver.
A
esperança de que a salvação chegou, no consolo definitivo de Israel tem seu
ponto mais elevado no mistério de uma criança, na sua encarnação, morte e
ressurreição. Pedro, Tiago e João, diante do contexto do mistério do Filho de
Deus transfigurado, na montanha sagrada, ficam deslumbrados, de tal modo, que
manifestam a vontade construir três tendas. Podemos compreender a alegria deles
como algo fascinante, num ardente desejo de que aquele acontecimento
extraordinário permanecesse e se perpetuasse, ao ser revelado lá o rosto do
filho amado do Pai. “Eis o meu filho amado, em quem pus toda minha afeição,
escutai-o” (MT 17, 5).
Olhando
para realidade da transfiguração, nós cristãos, precisamos sempre mais nos
conscientizar da nossa missão, do nosso compromisso de mudar e transfigurar o
mundo, nunca nos afastando da ordem do Mestre, de sermos operários da sua
vinha, na vida que nos foi dada por Deus, certos de que, “A cruz de nosso
Senhor Jesus Cristo deve ser a nossa
glória: nele está nossa vida e ressurreição; foi ele
que nos salvou e libertou”
(Gl 6, 14).
A Palavra
de Deus é eterna, viva e eficaz e por isso mesmo nos salva, liberta e
transforma em criaturas novas, inspiradas e inspiradoras, colocando-nos diante
da realidade de um novo céu e uma nova terra, da nova Jerusalém, que descia do
céu de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido, fazendo
novas todas as coisas (cf. Ap 21, 1-5)
*Padre da Arquidiocese de
Fortaleza, escritor, membro da Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza,
da Academia de Letras dos Municípios do Estado Ceará (ALMECE) e Vice-Presidente
da Previdência Sacerdotal - Pároco de Santo Afonso
geovanesaraiva@gmail.com
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