22/08/2013

Dengue e pobreza afetam indígenas no norte da Argentina

A comunidade aborígene no norte da Argentina é a mais exposta à epidemia de dengue, doença que anda de mãos dadas com o estado de pobreza e o modo de vida que não cobre as necessidades básicas da população. Na verdade, mais de 80% dos indígenas vive em condições precárias e não têm água potável – elementos que favorecem a difusão do vírus.

A denúncia foi feita pela comunidade sanitária argentina e a Organização Mundial da Saúde (OMS). No entanto, a dengue é apenas um dos problemas desta população, além da pobreza e falta de instrução. Segundo as autoridades sanitárias locais, não é por acaso que a pandemia na região de Salta – onde vivem as etnias Guarani, Chame e Ava-guaraní – foi propagada de Tartagal, onde a população já é vítima de uma catástrofe originada do desmatamento e outras epidemias.

As localidades que recebem água de reservatórios são os mais vulneráveis. Em 2003 e 2004, na Argentina, ocorreram graves epidemias de dengue, mas a pior foi registrada em 2009 com mais de 26 mil pessoas contagiadas e 5 mortes. O Ministério lançou o alerta de uma possível proliferação devido ao contágio registrado nos países vizinhos, como Paraguai, que em 2012 teve 30.823 casos e 70 mortes; o Brasil, onde no mesmo ano foram confirmados 565.510 casos e 247 mortes; e a Bolívia, onde houve 3.028 casos em janeiro de 2013.

Hoje, a dengue está presente em 100 países do mundo, incluindo praticamente toda a América Latina e o sudeste Asiático. Estima-se que, em nível global, anualmente são contagiadas entre 50 e 100 milhões de pessoas e que 500 mil são atingidas pelo tipo hemorrágico – o tipo letal, que causou a morte de 22 mil. (NV)





do site da Rádio Vaticano 

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