A Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) e o Serviço Social da Indústria (SESI) promovem nesta terça-feira, 27, de 9h às 13h, reunião para o lançamento regional do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho. A iniciativa é da Confederação Nacional da Indústria (CNI) que pretende construir, em conjunto com a sociedade civil e com os poderes públicos, uma agenda específica de trabalho com foco em ações que gerem resultados em curto prazo de melhoria do perfil educacional dos jovens
A ideia é que esses jovens se integrem mais adequadamente ao mundo do trabalho e, assim, a indústria conte com profissionais com melhor nível de escolarização básica, especialmente no domínio da língua portuguesa e dos conhecimentos matemáticos. Para isso, estão sendo convidadas diversas entidades que possam contribuir com a construção dessa agenda nacional. Em todo o País, serão realizados encontros estaduais, nos quais, por meio de palestras de sensibilização, se buscará obter a adesão formal dos parceiros locais ao programa e discutidas as ações a ser desenvolvidas. Em outubro, haverá o lançamento nacional do programa.
O que se pretende é receber contribuição nas proposições e soluções que promovam impactos efetivos na qualidade do perfil de formação de trabalhadores atualmente empregados na indústria, que não possuem o ensino médio (5,6 milhões); jovens que estão cursando o ensino médio (8,7 milhões); e jovens de 18 a 24 anos de idade, que possuem ensino médio completo ou incompleto, mas que se encontram fora da escola e do mercado de trabalho (2,1 milhões).
Desafios
Os dados das pesquisas, desencadeadas no contexto nacional e internacional, evidenciam a incongruência entre formação e desenvolvimento, ratificando aquilo que as indústrias convivem na prática, tanto com seu quadro de profissionais quanto com o perfil dos candidatos que aspiram a uma vaga no mercado formal e pontuam o Brasil em situação desfavorável.
Por exemplo, segundo o Relatório de 2012/2013 sobre competitividade global, organizado pelo Fórum Econômico Mundial, que estudou 144 países, e sem desconsiderar a ligeira melhora nos últimos anos (da 64ª para a 48ª posição), o Brasil ainda está aquém no ranking da competitividade. Ao desagregar os componentes da competitividade, esse documento mostra que a maior fragilidade do país está na qualidade da educação (126ª posição em relação ao ensino fundamental e 116ª na qualidade do ensino médio, superior e de treinamento).
Estudos realizados pela CNI, em 2011, mostram que a falta de trabalhadores qualificados afeta dois terços da indústria, atingindo, principalmente, a área de produção (operadores e técnicos). Muito embora continue investindo na formação de seus trabalhadores, esse cenário continuará, caso não sejam adotadas medidas corretivas e preventivas a curto, médio e longo prazos, para melhorar a educação básica, que deverá contemplar as mudanças tecnológicas e a estrutura de qualificação da indústria, sem as quais não haverá impacto no valor agregado dos produtos e na produtividade.
Serviço
Lançamento regional do Projeto Educação para o Mundo do Trabalho
Data: 27 de agosto de 2013
Horário: 9h às 13h
Local: FIEC – Cobertura/Salão VIP
Endereço: Av. Barão de Studart, 1980, Aldeota
Boa Notícia
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