O cardeal Tarcisio Bertone, que a partir de 15 de outubro vai deixar o cargo de secretário de Estado do Vaticano, faz um “balanço positivo” da missão que abraçou desde 2006 mas lamenta a turbulência dos últimos dois anos.
Em declarações publicadas pela agência Zenit, o prelado referiu-se às “acusações” que recaíram sobre si, nomeadamente durante o caso Vatileaks, classificando-as como uma “rede de corvos e víboras”.
Para além do processo relacionado com o furto e divulgação de documentos privados do agora Papa emérito Bento XVI - que envolveu diretamente o mordomo de Joseph Ratzinger - Bertone viu o seu nome implicado também na investigação dedicada à atividade do Instituto para as Obras de Religião, mais conhecido como Banco do Vaticano.
D. Tarcisio Bertone considera que os “problemas” recentes não vieram “ofuscar” o trabalho realizado à frente da secretaria de Estado da Santa Sé mas admite que “se tivesse que pensar agora, em certos momentos teria agido de maneira diferente”.
O Papa Francisco escolheu como novo secretário de Estado do Vaticano D. Pietro Parolin, que até agora trabalhava como núncio apostólico (representante diplomático do Vaticano) na Venezuela
Antes de ceder o seu posto ao arcebispo italiano de 58 anos, o cardeal Bertone vai ainda realizar um último ato de Estado em Portugal.
O prelado vai presidir no Santuário de Fátima à peregrinação internacional aniversária dos dias 12 e 13 de outubro, na mesma altura em que a imagem de Nossa Senhora de Fátima venerada na Capelinha das Aparições estará no Vaticano, para uma celebração de consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria, a pedido do Papa.
Zenit/JCP
Agência Ecclesia
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