No caso da gasolina, além de averiguar a densidade e a temperatura como é feita com o diesel e o etanol, é ainda verificado o teor de etanol na sua composição; lembrando que o aceitável é no máximo 25% FOTO: CAMILA MARCELO
A revendedora é obrigada a preencher um formulário denominado "Registro de Análise da Qualidade", no entanto pode privar-se do seu direito e dever de analisar o combustível por conta própria, preenchendo os dados com as informações fornecidas pelo distribuidor. Assumindo assim a responsabilidade dos dados da qualidade do produto.
Confiar no outro é um dos motivos para que por vezes deixem de fazer essa análise própria. Porém, a Cartilha alerta que essas amostras podem ser utilizadas posteriormente à ação de fiscalização, como instrumento de prova em defesa administrativa ou judicial.
É um direito da empresa requisitar a amostra e fazer a averiguação do produto, assim como é um direito do consumidor pedir para ser refeita a análise, ambos estão previstos na resolução nº9 da ANP de 2007. Quanto ao último quesito, para fazer valer o direito do cliente, o posto obrigatoriamente deve possuir os equipamentos de análise e aferição dos combustíveis vendidos. O posto que não possuir o material pode ser multado no valor de R$ 5 mil a R$ 50 mil.
Veja o vídeo com o teste:
Rapidinho
Quando chega o combustível no Posto dos Bambus, a gerente Edilene Camelo de Souza já sabe que terá de ir à sala reservada no estabelecimento para o controle de qualidade do produto recebido. Com o etanol e o diesel, é checado a densidade e a temperada. Cada um leva, no máximo, dois a três minutos cada.
Com a gasolina, o processo é um pouco mais longo, demora cerca de quinze minutos. Além desses dois itens, é verificado o teor de etanol na sua composição.
Em uma proveta, é colocada 50ml da amostra do combustível e, em seguida, mais 50ml de cloreto de sódio a 10%. Após agitar o recipiente e deixar em repouso por alguns minutos, todo a substância de etanol ficará retida no fundo e a gasolina sem álcool estará acima. Dessa forma, é possível confirmar qual a porcentagem de etanol na amostra. Lembrando que o aceitável é no máximo 25%.
Em caso de qualquer não-conformidade, o posto deve recusar o recebimento do produto, devendo comunicar o fato ao Centro de Relações com o Consumidor da ANP, no prazo máximo de 24h. O posto deverá informar o tipo de combustível, a data da ocorrência, o número e a data da emissão da nota fiscal e o CNPJ do emitente da nota fiscal.
A principal adulteração ocorre na gasolina com adição excessiva de etanol ou a colocação proibida de solventes na gasolina.
As principais consequências ao veículo devido a presença de combustível inadequado são aumento de consumo, batida de pino, perda de potência e aparecimento de resíduos na câmara de combustão, sobre as velas de ignição e nos bicos injetores e nas válvulas.
Outro teste
Além da qualidade, é também direito do consumidor pedir ao posto a aferição das bombas de combustível, para saber se ela está liberando a quantia exata mostrada no seu visor. Esse procedimento, aliás, é indicado fazer ainda que o cliente nunca peça, para a própria segurança do posto.
No posto dos Bambus, toda quarta-feira eles checam cada bico da bomba. Todo o processo leva, em média, uma hora.
Essa medida é importante porque serve para que a bomba nunca dê combustível a menos ao cliente, como também não dê a mais, pois daria prejuízo ao estabelecimento.
Mais informações:Posto dos Bambus
Av. Luciano Carneiro, 721
Tel.: (85) 3256-2800
Horário de funcionamento: 6h às 22h (seg a sab) 18h às 20h (dom)
Diário do Nordeste
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