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Segundo a tradição, relíquia remonta à época da Paixão de Cristo.
Paris - Os fiéis católicos em Paris, na França, tem um privilégio especial durante a Quaresma e a Semana Santa: o de venerar de perto as várias relíquias que a tradição afirma que correspondem a Paixão de Jesus Cristo. Entre elas, destaca-se a Santa Coroa de Espinhos, "a mais preciosa e mais reverenciada" das relíquias, que incluem um pedaço e um prego da Santa Cruz.
Os tesouros religiosos confiadas ao cuidado dos Cavaleiros do Santo Sepulcro de Jerusalém, são expostos todas as sextas-feiras aos fiéis que podem oscular as relíquias como mostra de afeto pelo sacrifício salvador de Jesus.
"Essa prática unifica os crentes na contemplação do mistério da Páscoa, que é origem da sua Fé", explica a Catedral na apresentação da solene atividade. Os elementos sagrados da crucificação são "a expressão do amor infinito de Cristo pelos homens e sua solidariedade com o seu sofrimento".
As relíquias da Paixão são expostas às três horas da tarde, horário em que Jesus morreu, às sextas-feiras da Quaresma e na primeira sexta-feira de cada mês. Na Sexta-Feira Santa, 18 de abril, a veneração pode ocorrer das 10h da manhã até às 17h.
A Santa Coroa que conserva a Catedral de Notre Dame é o conjunto de ramos de 21 centímetros de diâmetro no qual se fixaram os espinhos, setenta no total. Os espinhos foram divididos ao longo dos séculos entre os imperadores bizantinos e os reis da França.
A relíquia é mencionada já no século IV, e se descreve sua localização na Basílica de Sião, com alusões em textos dos anos 570 e 870. A relíquia foi transladada para a Constantinopla do século VII ao século X, por questões de segurança, durante as invasões persas.
Durante uma grave crise econômica do império, a Santa Coroa passou para o poder dos credores de Veneza, de onde foi recuperada pelo rei São Luis da França, que pagou as dívidas para poder possuir o objeto sagrado. O Santo Rei, vestido com uma túnica branca e os pés descalços, introduziu a Santa Coroa e as outras Relíquias na Catedral de Paris antes de levá-las para a capela do palácio.
As relíquias da Paixão permaneceram sob custódia do rei da França até a revolução, quando elas foram guardadas na Biblioteca Nacional. Após a Concordata de 1801, as relíquias regressaram à Igreja e ficaram resguardadas na Catedral de Notre Dame, onde são veneradas e vigiadas pelos Cavaleiros do Santo Sepulcro.
SIR
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