O jornal oficial do Vaticano, "Avvenire", criticou o filme estrelado por Russel Crowe "Noé" em sua edição da última quinta-feira.
O jornal diz que o longa é uma "oportunidade perdida" e que mostra um "Noé sem Deus". O texto, feito pelo crítico Mimmo Muolo, ainda alegou que a história foi pintada de "forma ecológica e vagamente 'new age', transformando o conto bíblico em uma chance desperdiçada".
Mulo hamou a produção de "estranha" e "desconcertante", embora tenha reconhecido que é "visualmente potente", além de dizer que o filme é uma mistura do longa que rendeu um Oscar a Crowe, "Gladiador", a série "Harry Potter" e a franquia "O Senhor dos Anéis".
O ator Russel Crowe, o diretor Darren Aronofsky, o produtor Scott Franklin e o vice-presidente da Paramount, Rob Moore, viajaram para o Vaticano em março para promover o filme. Na ocasião, eles compareceram à audiência semanal do papa Francisco na praça São Pedro.
A Paramount, estúdio responsável pelo filme, esperava conseguir uma exibição particular de "Noé" com Francisco, mas o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, informou não ter conhecimento do pedido.
"Noé" já causou irritação em algumas instituições católicas americanas por sua caracterização não convencional do personagem bíblico. A produção foi proibida em diversos países, como Malásia, Emirados Árabes Unidos, Qatar, Bahrein, Kuait e Indonésia.
Apesar das controversas, o filme tem tido bom desempenho nas bilheterias, faturando US$106,2 milhões (cerca de R$ 232,59 milhões) desde sua estreia há duas semanas.
Diário do Nordeste
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