04/05/2015

A arte budista de Myanmar


Uma coleção de obras nunca vistas são reunidas em exposição em Nova York


Por Marco Lacerda*





A arte budista é um caminho para a compreensão espiritual<i></i>




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Em 1962, Myanmar – então chamado de Burma, localizado nas alturas do sudeste asiático, entre a Índia e a China – fechou as portas para o mundo e jogou a chave fora por 40 anos. Dominado por uma ditadura tirana, pouca coisa podia entrar ou sair do país, inclusive arte.


Finalmente no anos 2000, Myanmar começou a reestabelecer cautelosos contatos internacionais e, em benefício do turismo, passou a promover suas riquezas culturais. Empréstimos de obras de arte tornaram-se possíveis. A primeira remessa a chegar aos Estados Unidos, em 2014, foi a exposição ‘Reinos Perdidos: Esculturas Budista do Sudeste da Ásia’, que ficou em cartaz durante meses no Metropolitan Museu de Nova York antes de iniciar uma turnê pelo ocidente.


Agora é a vez da majestosa exibição ‘A Arte Budista de Myanmar’, inaugurada recentemente na Asia Society (725 Park Avenue esquina com 70th Street) onde permanece até 10 de maio. Mesmo para aqueles com interesse estritamente estético e cultural pelo Budismo, a mostra é uma preciosidade que a maioria dos ocidentais nunca viu. Anote na agenda e aproveite. Coisa rara.


O termo “arte em templos budistas” pode ser redundante, porque eles são literalmente obras de arte, desde a fundação até o telhado e todos os pontos entre eles. O budismo difundido em Myanmar é uma prática visual e contemplativa. As artes visuais e a música são usadas pelos budistas, principalmente pelos monges, como objetos de contemplação para atingir os estados mais elevados de compreensão espiritual.


Tesouros nunca vistos


A maioria das peças em exibição na Asia Society são provenientes de Bagan, que poderia ser considerada o maior complexo religioso abandonado e imponente do mundo. As vistas panorâmicas, no meio de uma planície empoeirada onde emergem milhares de templos budistas como fungos, parecem uma miragem.


A antiga Bagan – também conhecida como Pagam- é o nome da abandonada capital dos reinos que integraram a Birmânia, atual Myanmar. No meio de uma grande planalto árido, emergem entre a vegetação milhares de cúpulas de templos em uma das cidades religiosas mais extraordinárias do planeta.


Calcula-se que no século XI, 13 mil templos, pagodes e estupas foram construídos na região. Atualmente só podemos observar em ruínas 2.200 templos, distribuídos em uma área de 25 quilômetros quadrados. É um maravilhoso legado sobrevivente às catástrofes naturais e aos saques de tesouros e riquezas, durante séculos, principalmente por ingleses e alemães.


A conservação dos templos de Bagan e seus objetos de arte ainda hoje deixa muito a desejar, em uma terra onde as políticas de preservação pelo estado, no meio de constantes conflitos, são escassas e caóticas. Foram feitas algumas restaurações dos templos que pouco respeitam as formas e materiais originais.


Apesar de toda a deterioração, mais que uma visita à presente exposição na Asia Society de Nova York, vale a pena uma viagem à deslumbrante área da antiga cidade e complexo religioso de Bagan. Os melhores momentos são no amanhecer e entardecer, quando o sol se mistura com a tonalidade laranja do ambiente árido criando uma atmosfera de sonho.


Uma pequena amostra da exposição. Veja o vídeo:


*Marco Lacerda é jornalista, escritor e Editor Especial do Domtotal




http://www.paroquiasantoafonso.org.br/?p=13032

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