26/01/2016

Paz ameaçada no Sudão do Sul

Partidos sul-sudaneses falharam prazo para integrarem governo de Transição de Unidade Nacional numa situação de impasse sobre o estabelecimento dos 28 estados do país. Ban Ki-moon apelou aos parceiros africanos do país para salvarem processo de paz


Ban Ki-moon apelou aos parceiros africanos do Sudão do Sul para salvarem o processo de paz deste país devastado pela guerra. O secretário-geral das Nações Unidas lançou este apelo na segunda-feira, 25 de janeiro, depois das partes sul-sudanesas falharem o prazo para integrarem o governo de Transição de Unidade Nacional, provocando uma situação de impasse no estabelecimento dos 28 estados do país.


«O secretário-geral das Nações Unidas encoraja a Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento (IGAD, na sigla inglesa) e os Estados membros da União Africana (UA) para aproveitarem a oportunidade da próxima Cimeira da UA para resolverem o impasse político que está a impedir a formação do Governo de Transição de Unidade Nacional», segundo uma declaração divulgada pelo porta-voz de Ki-moon.


A IGAD, a UA, a ONU, a China, a Noruega, o Reino Unido e os Estados Unidos patrocinaram um acordo de paz que o Presidente Salva Kiir e o seu ex-vice-presidente Riek Machar assinaram em agosto para pôr um fim ao conflito sangrento que eclodiu entre as suas fações, há dois anos, fazendo milhares de mortos, deslocando mais de 2,4 milhões de pessoas, e pondo em risco a segurança alimentar de outros 4,6 milhões.


Responsáveis da ONU têm alertado para repetidas violações do cessar-fogo tanto pelo governo como pela oposição, com mais dezenas de milhares de pessoas a fugirem das suas casas, ameaçando assim minar o processo de paz no país, que só ganhou a independência em 2009, após obter a independência do Sudão, o seu vizinho do norte.


Fátima Missionária



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