15/03/2016

América Latina é 'vulnerável' a ciberataques

Quatro em cada cinco países não têm estratégias de cibersegurança ou planos de proteção.



A maioria dos países da América Latina e do Caribe precisam de uma estratégia de segurança cibernética, quadro que deixa a região “altamente vulnerável” a ataques deste tipo, alertaram nesta segunda-feira a Organização dos Estados Americanos (OEA) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).


De acordo com o documento “Relatório de Segurança Cibernética de 2016”, de 196 páginas, “quatro em cada cinco países da região não têm estratégias de cibersegurança ou planos de proteção da infra-estrutura crítica”.


Além disso, o documento alerta que dois terços dos países da América Latina e do Caribe não têm um “centro de comando e controle” de cibersegurança, e suas procuradorias não possuem capacidade sequer de julgar crimes dessa natureza.


Assim, a região está exposta a “ciberataques potencialmente devastadores”.


Segundo o estudo, esse cenário é crítico porque a região é o quarto maior mercado móvel do mundo e metade da população utiliza a internet.


Há países da América Latina que processam 100% de suas compras governamentais por via eletrônica, destacou o documento.


Peritos da OEA e do BID disseram no estudo que Uruguai, Brasil, México, Argentina, Chile, Colômbia e Trinidad e Tobago são os países da região que estão “em um nível médio de maturidade”, mas ainda distantes de países como os Estados Unidos, Israel, Estônia e Coreia do Sul.


Para o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, a ausência de estratégias clara “nos expõe a perdas potencialmente catastróficas”.


Para Luis Alberto Moreno, presidente do BID, “nossa região chegou tarde à revolução industrial. Não podemos perder a oportunidade que a revolução digital nos abre. Por isso, a cibersegurança tem que ser uma prioridade”.



AFP


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