O relatório «Melhorar a nutrição infantil: o imperativo atingível para o progresso global», elaborado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), revela que ainda há 165 milhões de crianças com menos de cinco anos com atrasos de crescimento, e apela aos países para acelerarem os progressos no sentido de diminuir o número de menores no mundo que sofrem de subnutrição. A nutrição das mães, o aleitamento materno no nascimento e os suplementos vitamínicos são essenciais para combater o problema, que pode causar danos físicos e cerebrais irreversíveis, alerta o documento divulgado na última semana.
Os maus resultados escolares, excesso de peso, doenças crônicas e infeciosas são algumas das consequências mais notórias da subnutrição infantil, indica a agência da Organização das Nações Unidas (ONU). De acordo com o relatório, três quartos das crianças que sofrem de atrasos de crescimento vivem na África subsariana e no sul da Ásia. Em 2011, os cinco países onde a situação era mais grave eram: Índia (61,7 milhões), Nigéria (11 milhões), Paquistão (9,6 milhões), China (8 milhões) e Indonésia (7,5 milhões).
A Índia, por exemplo, conseguiu fazer alguns progressos. Na região de Maharashtra, 39 por cento das crianças com menos de cinco anos sofriam de atrasos de crescimento no período de 2005/2006. No último ano, este valor desceu para 23 por cento. Na Etiópia, o valor desceu de 57 para 44 por cento, e o Haiti registou uma diminuição de 29 para 22 por cento. Apesar dos progressos realizados por alguns países, a Unicef recorda que há um longo caminho a percorrer.
Fátima Missionária
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