O ‘lanche de rua’ ou a aquisição de alimentos em espaços públicos, como praças, calçadões e esquinas, em Fortaleza, não é novidade para a população da região. Mas a crescente quantidade de serviços e produtos que se pode encontrar diariamente, ao fim do entardecer, formata uma economia paralela que tem subsidiado financeiramente uma parcela da população que optou por trabalhar por conta própria, através do comercio informal.
As várias opções servidas para quem caminha pelas ruas e avenidas da cidade oferecem não só alimentação rápida, mas também um elemento de socialização. Existem alguns pontos comerciais ou vendedores que já se incorporaram à vida das pessoas. Afinal, quem não conhece um “Seu Zé” do churrasquinho ou uma “Dona Francisca” que vende empadinha? Esse retrato mostra que a “comida de rua” é também parte de uma tradição que revigora a sociedade contemporânea e reflete as nuances culturais de uma região.
Andando pela rua é praticamente impossível não topar nos vendedores de castanha, frutas da época, mel, ervas medicinais, mudas de plantas, doces e lanches como: pasteis, batatas fritas, salgadinhos e vários doces. É claro que é possível encontrar esses produtos em pontos formais de comércio, mas os vendedores por trás das banquinhas forradas com toalhas de mesa já fazem parte do cotidiano social da cidade, como é o caso, por exemplo, do Francisco Paulo, 57 anos, que possui uma banquinha dessa localizada na Avenida C, no Conjunto Ceará, exatamente em uma das paradas de ônibus que traz uma grande parte dos trabalhadores do Centro e da Aldeota. O ponto comercial funciona há mais de 25 anos.
Andando pela rua é praticamente impossível não topar nos vendedores de castanha, frutas da época, mel, ervas medicinais, mudas de plantas, doces e lanches como: pasteis, batatas fritas, salgadinhos e vários doces. É claro que é possível encontrar esses produtos em pontos formais de comércio, mas os vendedores por trás das banquinhas forradas com toalhas de mesa já fazem parte do cotidiano social da cidade, como é o caso, por exemplo, do Francisco Paulo, 57 anos, que possui uma banquinha dessa localizada na Avenida C, no Conjunto Ceará, exatamente em uma das paradas de ônibus que traz uma grande parte dos trabalhadores do Centro e da Aldeota. O ponto comercial funciona há mais de 25 anos.
Sua especialidade é a venda de salgados (pasteis coxinhas de frango e batatas fritas). “Recebo aqui todos os dias muitos clientes que chegam cansados do expediente e a primeira coisa que eles veem quando descem do ônibus é a minha banca, recheada de comida pronta. Aqui eles conversam sobre o trabalho, escutam música e observam comigo o movimento da avenida. A maioria deles não quer ter o trabalho, todos os dias, de ainda ter que cozinhar ao chegar em casa, então estou aqui para isso”, comenta.
Ao lado da banca de salgados, iguarias como compotas caseiras, batidas, bolos, tortas doces e tijolinhos de leite encham os olhos dos fregueses. “Estou há pouco tempo aqui”, conta Edlurdes Silva, 38 anos, nascida no município de Maranguape. Ela explica que o movimento maior é as sextas, “talvez pelo cansaço da semana, muita gente vem aqui adoçar a vida”, explica sorrindo.
Ao lado da banca de salgados, iguarias como compotas caseiras, batidas, bolos, tortas doces e tijolinhos de leite encham os olhos dos fregueses. “Estou há pouco tempo aqui”, conta Edlurdes Silva, 38 anos, nascida no município de Maranguape. Ela explica que o movimento maior é as sextas, “talvez pelo cansaço da semana, muita gente vem aqui adoçar a vida”, explica sorrindo.
Comida de ruaO termo “comida de rua” é utilizado para identificar alimentos e bebidas prontos para o consumo, preparados e/ou vendidos nas ruas; em portas de igrejas, escolas, cinemas; em tendas, que se espalham por praias, praças e outros lugares públicos. Sempre muito apreciados por pessoas de todas as classes, esses alimentos são comercializados por vendedores ambulantes, em todas as partes do mundo.
Estudos realizados na América Latina estimam que, em grandes centros urbanos, entre 25 e 30% do orçamento familiar são gastos no consumo de alimentos categorizados como comida de rua. Os produtos oferecidos variam nos diferentes países/regiões e culturas e, por isso, destacam-se sob o ponto de vista turístico, pois comumente são considerados emblemáticos e apreciados pelos viajantes.
Uma herança dos escravosA partir de meados do século XVIII, com o crescimento da população e da economia, os escravos passaram a ser utilizados nas cidades em funções distintas daquelas a que se haviam dedicado até então. Os escravos de ganho eram empregados ou alugados por seus senhores para produzir, vender ou prestar serviços a terceiros. Para complementar o orçamento doméstico de seus senhores, escravas - principalmente aquelas que moravam em Salvador e Rio de Janeiro - saíam da cozinha para as ruas, levando comidas feitas em casa: eram vendedoras ambulantes, que percorriam as cidades com tabuleiros, vendendo beijus, cuscuzes, bolinhos e outras iguarias.
Geração de rendaCom o aumento do desemprego, a venda de comida de rua tornou-se, para muitos brasileiros, a única oportunidade de trabalho, o que explica o elevado contingente de vendedores ambulantes. De acordo com o sociólogo Emanuel Sales, para muitos consumidores, a comida de rua constitui-se na melhor forma de alimentar-se fora do lar, principalmente pela praticidade e pelo preço reduzido desses alimentos.
O sucesso do comércio ambulante também pode ser atribuído à isenção de impostos, à liberdade de escolha dos alimentos a serem comercializados, à flexibilidade no horário de trabalho e ao baixo capital demandado para a implantação da atividade.
A venda de alimentos nas ruas é uma característica do estilo de vida de países com alto índice de desempregados, baixos salários, oportunidades de emprego limitadas e rápida urbanização, explica Sales.
Com informações do jornalista Daniel Negreiros
Fonte: Agência da Boa Notícia
Fonte: Agência da Boa Notícia
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