arque Nacional de Ubajara tem trilhas, grutas e passeio de bondinho.
Cidade da serra abriga um casarão de doces e licores.
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Além do litoral invejável e da riqueza cultural do Sertão, o Ceará guarda cidades serranas. A chapada da Ibiapaba, a noroeste do estado, encanta pelo clima agradável, histórias e paisagens naturais. A cidade de Viçosa do Ceará, a 348 km de Fortaleza, pode ser a porta de entrada para um roteiro surpreendente na região, que inclui as trilhas e grutas do Parque Nacional de Ubajara.
Viçosa do Ceará foi o primeiro município criado na Serra da Ibiapaba, em 1882, e um dos mais antigos do Ceará. Com uma temperatura média de 22°, a cidade é simples e acolhedora. A arquitetura e cultura de Viçosa unem elementos da colonização francesa e portuguesa e da forte presença indígena. No século XVII, o local recebeu um aldeamento indígena de padres jesuítas e foi moradia do Padre Antônio Vieira por seis anos.
Casarão de sabores
A visita à Casa dos Licores, no Centro de Viçosa do Ceará, é memorável. Na bodega de Alfredo Miranda, de 96 anos, são vendidos licores e cachaças artesanais. Mas se engana quem pensa que o lugar merece apenas uma passagem rápida. Os visitantes são convidados a entrar no casarão de um quarteirão, degustar 72 sabores de licor e ter a sorte de ainda ouvir os causos e sons do pífano de mais de 80 anos do Seu Alfredo.
Do fogão à lenha e do forno de barro de Dona Terezinha, casada há 60 anos com Seu Alfredo, também saem doces, geleias e irresistíveis sequilhos, bulins (biscoitos de nata) e petinhas (biscoitos salgados de goma). Com a idade avançada do casal, a filha Tereza Cristina administra a casa e ajuda a dar continuidade à tradição da família. “O segredo é que ainda fazemos a receita da forma tradicional quando ainda não tinha a facilidade dos ingredientes de hoje”, conta Tereza.
Casarão de sabores
A visita à Casa dos Licores, no Centro de Viçosa do Ceará, é memorável. Na bodega de Alfredo Miranda, de 96 anos, são vendidos licores e cachaças artesanais. Mas se engana quem pensa que o lugar merece apenas uma passagem rápida. Os visitantes são convidados a entrar no casarão de um quarteirão, degustar 72 sabores de licor e ter a sorte de ainda ouvir os causos e sons do pífano de mais de 80 anos do Seu Alfredo.
Do fogão à lenha e do forno de barro de Dona Terezinha, casada há 60 anos com Seu Alfredo, também saem doces, geleias e irresistíveis sequilhos, bulins (biscoitos de nata) e petinhas (biscoitos salgados de goma). Com a idade avançada do casal, a filha Tereza Cristina administra a casa e ajuda a dar continuidade à tradição da família. “O segredo é que ainda fazemos a receita da forma tradicional quando ainda não tinha a facilidade dos ingredientes de hoje”, conta Tereza.
As geleias também acompanham a variedade dos licores. Ao todo, são 46 sabores e entre as favoritas estão as de pétalas de rosa e a de cachaça mineira. Os doces preferidos da clientela são de jaca e buruti. Os preços dos produtos vão de R$ 2 a R$ 20. Na Casa dos Licores, também pode ser encontrado um CD e um DVD com a história e as canções que Seu Alfredo.
Patrimônio histórico
Para conhecer e se apaixonar pela cidade, o passeio pode começar na Igreja Nossa Senhora da Assunção. A igreja é a primeira do Estado do Ceará, foi fundada em 1700 e construída por índios e jesuítas. Em 2002, a igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e exibe as características originais. No interior do templo de estilo barroco, há detalhes do teto ao chão, como os painéis pintados no período colonial no forro em madeira na capela-mor e os degraus de madeira e piso com antigas tijoleiras.
Para conhecer e se apaixonar pela cidade, o passeio pode começar na Igreja Nossa Senhora da Assunção. A igreja é a primeira do Estado do Ceará, foi fundada em 1700 e construída por índios e jesuítas. Em 2002, a igreja foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e exibe as características originais. No interior do templo de estilo barroco, há detalhes do teto ao chão, como os painéis pintados no período colonial no forro em madeira na capela-mor e os degraus de madeira e piso com antigas tijoleiras.
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Vale andar pelas ruas, conversar com os moradores, sentar em bancos de praças e parar para admirar a história de um pequeno lugar que tem parte da história do Brasil. No Centro Histórico da cidade, estão os casarões tombados pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Nacional (Iphan) como o Sobrado da Marcela, construído em 1890 com recursos enviados por Dom Pedro II, e o Casarão dos Pinhos, com 186 portas e janelas, do tempo em que a cidade ainda era a Vila Viçosa Real da América. Uma das praças é batizada com o nome de um ilustre filho do lugar, Clóvis Beviláqua. A casa onde o jurista morou hoje é um memorial.
Não há quem resista a não ir e não levar um utensílio doméstico ou uma peça de decoração do Sítio Tope, a 3 km da sede de Viçosa do Ceará. A arte de moldar o barro e passar para as outras gerações deu a Dona Francisca, artesã há mais de 50 anos, o título de mestre da cultura popular, concedido pelo governo estadual.
No fim de uma escadaria de 334 degraus, o visitante encontra a Igreja do Céu, ponto mais alto da cidade com 990 m de altitude. No caminho a via sacra esculpida pelo artista plástico cearense João Frutuoso rende ótimos registros fotográficos.
Grutas
Ubajara, a 212 km de Fortaleza, é um lugar imperdível para ecoturismo. O Parque Nacional de Ubajara, a 3 km do centro da cidade, com 563 hectares, abriga grutas, trilhas, cachoeiras e o famoso bondinho que transporta os visitantes a belezas subterrâneas. Onze cavernas estão catalogadas. A Gruta de Ubajara é a única aberta ao público e revela galerias e salas com formações de estalactites e estalagmites, como a Pedra do Sino, a Sala das Rosas e a Sala das Sete Maravilhas.
“A maioria dos nomes das pedras e salas tem relação com o desenho das formações rochosas”, explica o guia Ricardo Menezes, que trabalha no parque há 11 anos. Atualmente, o Parque Nacional de Ubajara conta com 15 guias credenciados que acompanham os passeios. “Temos roteiros para todos os perfis de visitante”, diz. Para chegar até a gruta, o caminho pode ser feito por trilhas, teleférico e até de bicicleta, se o turista tiver experiência. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4.
Ubajara, a 212 km de Fortaleza, é um lugar imperdível para ecoturismo. O Parque Nacional de Ubajara, a 3 km do centro da cidade, com 563 hectares, abriga grutas, trilhas, cachoeiras e o famoso bondinho que transporta os visitantes a belezas subterrâneas. Onze cavernas estão catalogadas. A Gruta de Ubajara é a única aberta ao público e revela galerias e salas com formações de estalactites e estalagmites, como a Pedra do Sino, a Sala das Rosas e a Sala das Sete Maravilhas.
“A maioria dos nomes das pedras e salas tem relação com o desenho das formações rochosas”, explica o guia Ricardo Menezes, que trabalha no parque há 11 anos. Atualmente, o Parque Nacional de Ubajara conta com 15 guias credenciados que acompanham os passeios. “Temos roteiros para todos os perfis de visitante”, diz. Para chegar até a gruta, o caminho pode ser feito por trilhas, teleférico e até de bicicleta, se o turista tiver experiência. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4.
O guia Ricardo indica o roteiro a pé 7 km pelas trilhas até a gruta. “É para quem gosta de turismo de aventura. Exige preparo físico porque toda a trilha é de pedra”, conta. Com a duração de três horas e meia, o visitante passa pelo mirante da Gameleira, onde há uma das vistas panorâmicas mais lindas de Ubajara, e segue para um banho relaxante na cachoeira do Cafundó com quedas d'água com mais de 70 m de altura. A volta pode ser feita de teleférico.
O Parque Nacional de Ubajara é aberto de terça-feira a domingo, das 8 h às 17 h. O teleférico começa a funcionar a partir das 9 h. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4. Para chegar de Fortaleza, o visitante deve seguir pela BR-222 até a cidade de Tianguá e depois percorre 17 km pela CE-075. De Ubajara até o Parque, dá para ir a pé numa caminhada de 30 minutos.
O Parque Nacional de Ubajara é aberto de terça-feira a domingo, das 8 h às 17 h. O teleférico começa a funcionar a partir das 9 h. A viagem de bondinho custa R$ 8 (ida e volta) e o serviço de guia é R$ 4. Para chegar de Fortaleza, o visitante deve seguir pela BR-222 até a cidade de Tianguá e depois percorre 17 km pela CE-075. De Ubajara até o Parque, dá para ir a pé numa caminhada de 30 minutos.
Ipu, cenário de José de Alencar
No pé da Serra da Ibiapaba, a 294 km de Fortaleza, está a Bica do Ipu, eternizada pelo escritor José de Alencar. No romance Iracema, o autor cearense conta que a “índia dos lábios de mel” saía todos os dias de Fortaleza para se banhar nas águas da bica.
Em tupi, Ipu significa água que cai do alto. A queda d'água de 180 metros de altura é um dos locais mais privilegiados para a prática de rapel. Atualmente, a área está interditada para obras, mas, segundo a prefeitura, o local deve voltar a receber visitantes no carnaval de 2012.
No pé da Serra da Ibiapaba, a 294 km de Fortaleza, está a Bica do Ipu, eternizada pelo escritor José de Alencar. No romance Iracema, o autor cearense conta que a “índia dos lábios de mel” saía todos os dias de Fortaleza para se banhar nas águas da bica.
Em tupi, Ipu significa água que cai do alto. A queda d'água de 180 metros de altura é um dos locais mais privilegiados para a prática de rapel. Atualmente, a área está interditada para obras, mas, segundo a prefeitura, o local deve voltar a receber visitantes no carnaval de 2012.
Quem chega a Ipu, não pode deixar de conhecer a Igreja Nossa Senhora do Desterro. A Igrejinha do Quadro, como é conhecida, foi construída em 1765. Outro monumento conservado é a Estação Ferroviária de 1894 que fazia parte do conjunto arquitetônico da Estrada de Ferro do município de Sobral. O local foi restaurado e, atualmente, é a sede da Secretaria de Cultura de Ipu, aberta à visitação.
Boa estrutura
Na divisa com o estado do Piauí, Tianguá tem boa infra estrutura para receber visitantes . Por isso, a cidade, a 335 km de Fortaleza, é a melhor opção de hospedagem da região e está a uma distância pequena de Viçosa do Ceará e Ubajara. Além de receber bem quem passa, Tianguá também conta com atrativos para quem quer ficar.
Na divisa com o estado do Piauí, Tianguá tem boa infra estrutura para receber visitantes . Por isso, a cidade, a 335 km de Fortaleza, é a melhor opção de hospedagem da região e está a uma distância pequena de Viçosa do Ceará e Ubajara. Além de receber bem quem passa, Tianguá também conta com atrativos para quem quer ficar.
O município é rico em cachoeiras, trilhas e mirantes. No Parque Ecológico da Floresta, boas opções são a Bica do Pinga, a 5 km da sede do município, e a Cachoeira de Sete Quedas, a 3 km da sede, um encontro de cachoeiras devido à formação em degraus. Em Tianguá, há ainda uma pista de decolagem de voo livre com uma altura de 600 metros no Sítio do Bosco, a 8 km do Centro da cidade. O local é aberto durante todo o dia, conta com uma piscina natural e restaurante, além de área para camping e chalés. A visitação custa R$ 5,00 e a diária do camping é R$ 20,00.
Por ser uma cidade polo, Tianguá também reúne produtos artesanais vindo de toda a região. Entre as iguarias mais procuradas, estão rapadura, batidas e doces de frutas. Artesanatos de renda e palha também são muitos vendidos como lembranças da Serra da Ibiapaba e do Ceará. O Centro de Artesanato do Terminal Rodoviário Governador Virgílio Távora fica no km 310 da BR-222, e no Sítio Córrego, no km 309 do BR-222, próximo ao posto Ibiapaba
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