Começou, ontem, na capital alemã o Encontro Europeu de Jovens promovido pela comunidade de Taizé. Irá decorrer até 1 de Janeiro de 2012. O irmão Alois, na sua última meditação, começou por agradecer aos que decidiram acolher os jovens, mesmo sem pertencerem a uma Igreja. «A hospitalidade é um dos maiores contributos para construir a paz», afirma. Berlim é uma cidade marcada pela diversidade e voltada para o futuro, mas que procura «integrar a memória de um passado doloroso», lembra.
Berlim tornou-se um símbolo para todos os que querem ultrapassar os muros da separação e avançar na direcção da confiança, adianta o texto publicado a 28 de Dezembro. «Os muros não existem apenas entre povos e continentes, mas também mesmo ao nosso lado, e até no coração do homem».
O prior de Taizé acrescenta: «Nenhum ser humano, nenhuma sociedade pode viver de forma isolada, sem confiança». E escolher a confiança não é fechar os olhos ao mal – defende o mesmo – a confiança não é ingénua. É apenas um risco. «Assumir o risco da confiança é algo que não podemos fazer sozinhos. Precisamos de ser ajudados pelos outros; de nos sentirmos aceites e amados».
Na sua meditação, o irmão Alois reforça a convicção de que a felicidade não está no «cada um por si», mas sim na solidariedade entre os homens. «No Natal, Cristo tornou-se um de nós e deixou-nos como herança uma nova solidariedade que se estende a toda a família humana», lembra.
«Com a Carta para 2012, gostaria de encorajar todos os que a lerem a tornarem-se mais conscientes da solidariedade humana e a vivê-la com mais profundidade. Quanto fazemos a experiência da solidariedade com os que estão muito próximos de nós ou com os que estão muito longe, a experiência de pertencermos uns aos outros, de dependermos uns dos outros, então a nossa vida tem um sentido», defende.
Às interrogações sobre o «verdadeiro sentido da vida» que faz pensar muitos, a comunidade responde: encontra-se na solidariedade com os outros, vivida em actos concretos. «Tal solidariedade permite pressentir que há um amor que nos ultrapassa; leva-nos a acreditar no amor de Deus por cada ser humano», conclui.
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