“Enquanto 79 milhões de cidadãos da União Europeia vivem abaixo do limiar de pobreza e 16 milhõesde pessoas dependem das ajudas alimentares de organizações de beneficiência”, na Europa estragam-se todos os dias – nas casas, restaurantes, cantinas e supermercados – milhares de toneladas de alimentos “bons e sãos”. O parlamento europeu vai ocupar-se do problema na próxima sessão plenária de Estrasburgo, de 16 a 19 de janeiro. Uma resolução não legislativa, que será votada a 19 de janeiro, afirma que “pelo menos 50 por cento dos desperdícios alimentares da Europa pode evitar-se”. Para o ocnseguir “são necessárias medidas urgentes”. Um estudo da Comissão Europeia avisa que se não forem tomadas medidas imediatas “o desperdício de alimentos crescerá 40 por cento em 2012”. O testo que chegará ao hemiciclo sugere campanhas de sensibilização, cursos de educação alimentar, melhores embalagens e uma nova norma de datas de validade nas etiquetas.
Além disso, o texto pede que “as normas sobre os locais públicos sejam actualizadas, de modo a privilegiar as empresas que garantem a redistribuição gratuita aos cidadãos necessitados dos produtos não vendidos”. Uma nota do parlamento europeu especifica que “num debate separado com o comissário europeu para a Agricultura, Dacian Ciolos, será discutida a questão do aumento dos custos dos produtos alimentares”.
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