10/02/2012

Argentina denuncia Reino Unido na ONU por 'militarizar' Atlântico Sul

Pivô da disputa são as Ilhas Malvinas ou Falklands.
Secretário-geral pediu moderação aos dois países.

Do G1, com agências internacionais
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O chanceler da Argentina, Héctor Timerman, denunciou nesta sexta-feira (10) o Reino Unido na ONU por promover o que chamou de a "militarização" do Atlântico Sul, após a decisão britânica de enviar um destroyer às Ilhas Malvinas, ou Falklands, aalvo de disputa dos dois países.
"Vim às Nações Unidas fazer uma denúncia contra o Reino Unido pela militarização do Atlântico Sul", disse ele em Nova York após se reunir com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, a quem entregou uma cópia da carta de denúncia que vai apresentar ao Conselho de Segurança.
O chanceler da Argentina, Hector Timerman, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante encontro nesta sexta-feira (10) na sede da ONU, em Nova York (Foto: AFP)O chanceler da Argentina, Hector Timerman, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, durante encontro nesta sexta-feira (10) na sede da ONU, em Nova York (Foto: AFP)

"O Reino Unido é, neste momento, a potência militar mais importante que existe nessa zona e recolhi dados a respeito de temas nucleares e armas nucleares", acrescentou o chanceler argentino à imprensa.

O Reino Unido, por sua vez, voltou a negar que esteja militarizando o Atlântico Sul e insistiu que qualquer ação na ONU é assunto da Argentina.
"Não estamos militarizando o Atlântico Sul", afirmou um porta-voz do ministério britânico das Relações Exteriores, depois de indagado pela AFP sobre as declarações do secretário-geral da Organização de Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, que criticou o Reino Unido pelo "tom belicista" dado em sua disputa com a Argentina.
"O tema das Falklands já é discutido anualmente no C24 (Comitê Especial de Descolonização da ONU). O Reino Unido não tem dúvidas sobre sua soberania nas Falklands, e o princípio de autodeterminação, como está estabelecido na Carta da ONU, mantém nossa posição", acrescentou.
Ele ocorre 30 anos após a guerra entre os dois países pela soberania da ilha.
'Moderação'
Ban Ki-Moon, por sua vez, pediu "moderação" aos dois lados, para evitar uma "escalada" na região.
Ele "espera que os governos da Argentina e do Reino Unido evitem uma escalada nesta disputa e resolvam as divergências de forma pacífica e por meio do diálogo", segundo um comunicado.
Ban Ki-Moon ofereceu seus "bons ofícios para resolver esta disputa" e permanece "disponível se ambos os países desejarem", conclui o texto.
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