Escritor morreu de falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca.
Cartunista disse que o amigo 'odiava frases feitas'.
O cartunista Ziraldo falou no início da tarde desta quarta-feira (28) sobre a morte do amigo e escritor Millôr Fernandes. Ele definiu o escritor como "um grande filósofo brasileiro" e disse que ele odiava frases feitas. Ziraldo esteve nesta manhã, no apartamento onde o amigo morava, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
"É impossível falar dele sem falar uma frase feita. Ele odiava frases feitas. Aos 11 anos eu já mandava colaboração para o 'Pif Paf'. Aos 15 anos eu o conheci e fiquei sob a sombra dele esses anos todos. Eu e a raça toda: Jaguar, Chico Caruso e todos os cartunistas brasileiros. Ele foi um grande filósofo brasileiro. Ele fazia uma piada, mas nunca fazia uma piada barata, não era um trocadilho, era uma coisa profunda", afirmou Ziraldo.
Millôr Fernandes morreu, às 21h desta terça-feira (27), em casa. Segundo Ivan Fernandes, filho do escritor, ele teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Além de Ivan, Millôr uma filha, Paula, e um neto, Gabriel. Ele foi casado com Wanda Rubino Fernandes. De acordo com sua certidão, Millôr nasceu no dia 27 de maio de 1924, embora ele dissesse que a data correta era 16 de agosto do ano anterior.
Millôr Fernandes morreu, às 21h desta terça-feira (27), em casa. Segundo Ivan Fernandes, filho do escritor, ele teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca. Além de Ivan, Millôr uma filha, Paula, e um neto, Gabriel. Ele foi casado com Wanda Rubino Fernandes. De acordo com sua certidão, Millôr nasceu no dia 27 de maio de 1924, embora ele dissesse que a data correta era 16 de agosto do ano anterior.
Velório e cremação
De acordo com a família, o velório está marcado para esta quinta-feira (29), das 10h às 15h, no Cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária do Rio. Em seguida, o corpo será cremado numa cerimônia só para a família.
Em 2011, o escritor chegou a serinternado duas vezes na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul. Na época, a assessoria do hospital não detalhou o motivo da internação a pedido da família.
Em 2011, o escritor chegou a serinternado duas vezes na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul. Na época, a assessoria do hospital não detalhou o motivo da internação a pedido da família.
Nascido no bairro do Méier, Millôr sempre fez piada em relação ao seu registro de nascimento. Costumava brincar que percebeu somente aos 17 anos que o seu nome havia sido escrito errado na certidão: onde deveria estar Milton, leu “Millôr” (o corte da letra “t” confundia-se com um acento circunflexo, e o “n” com um “r”).
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Seja como for, gostou do novo nome e o adotaria a partir de então. “Milton nunca foi uma boa escolha”, comentaria anos mais tarde, durante uma entrevista. A data de nascimento também não estaria correta: em vez de 27 de maio de 1924, ele teria nascido em 16 de agosto do ano anterior.
Dsenhista, tradutor, jornalista, roteirista de cinema e dramaturgo, Millôr foi um raro artista que obteve grande sucesso, de crítica e público, em todas as áreas em que se atreveu trabalhar. Ele, que se autodefinia um “escritor sem estilo”, começou no jornalismo em 1938, aos 15 anos, como contínuo e repaginador de “O Cruzeiro”, então uma pequena revista. Ele retornou à publicação em 1943 ao lado de Frederico Chateaubriand e a tornou um sucesso comercial. Lá, criou a famosa coluna “Pif-Paf”, que também teria desenhos seus.
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