06/03/2012

IBGE divulga PIB de 2011 nesta terça; mercado prevê alta de 2,82%

Previsões do Banco Central e do Ministério da Fazenda são próximas a 3%.
Dados poderão apontar Brasil como sexta maior economia do mundo.

Do G1, em São Paulo
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga nesta terça-feira (6), às 9h, o desempenho da economia do país em 2011. A expectativa do mercado financeiro, apresentada nesta segunda-feira por meio do boletim Focus, do Banco Central, é que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha uma expansão de 2,82% – bem abaixo do desempenho de 2010, quando o crescimento foi de 7,5%.
Para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a estimativa está próxima deste valor. Em fevereiro, o ministro apontou que esperava uma expansão "em torno de 3%" para o PIB de 2011, com uma aceleração do crescimento no quarto trimestre do ano. Isso porque, de acordo com os dados do IBGE, a economia ficou estagnada de julho a setembro, com crescimento zero.
Sexta maior economia do mundo
Os dados do PIB nesta terça-feira poderão confirmar a "subida" do Brasil ao posto de sexta maior economia do mundo, ultrapassando o Reino Unido. Com isso, o Brasil ficaria atrás apenas dos Estados Unidos, China, Alemanha, Japão e França.
Na avaliação do ministro da Fazenda, Guido Mantega, feita ainda em 2011, o país vai consolidar essa posição nos próximos anos, mas pode levar de 10 a 20 anos para que os brasileiros tenham um padrão de vida semelhante ao dos europeus. Para o ministro, o Brasil ainda precisa aumentar os investimentos na área social.
Mantega chegou a afirmar, ainda, que o Brasil pode ultrapassar a França e se tornar a quinta maior economia mundial antes de 2015: “nosso ritmo de crescimento será o dobro dos países europeus. Portanto, é inexorável que nós passemos a França e, quem sabe, talvez a Alemanha, se ela não tiver um desempenho melhor”, disse.
Setores da economia
Segundo as previsões do Banco Central, divulgadas no relatório de inflação do quarto trimestre de 2011, o setor agropecuário deverá mostrar crescimento de 2,9% no ano passado. Para o setor industrial, a estimativa de crescimento do BC é de 2%. No caso da indústria de transformação, a previsão é de alta de 0,9% e, para a construção civil, de 3,4%. Já a estimativa do BC para o crescimento do setor de serviços ficou em 2,9%.
Do lado da demanda, a projeção do BC considera um crescimento de 4,1%. A projeção de crescimento para o consumo das famílias é de 5,1%.
Perspectivas decrescentes
No final de 2010, o Banco Central esperava um crescimento de 4,5% no PIB para este ano. As expectativas, no entanto, foram se reduzindo ao longo do ano, afetadas pela crise econômica mundial, que levou a Europa e os Estados Unidos a apontarem crescimento reduzido.
"Sem a crise, teríamos crescido cerca de 4% em 2011", admitiu Mantega em dezembro.
Na Europa, o quarto trimestre foi de recessão, com a economia dos 27 países que compõem a união do continente "encolhendo" 0,3%. O cenário foi melhor nos EUA, onde a economia chegou ao fim do ano com alta de 1,7%.
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