06/04/2012

Ator de 'Harry Potter' diz que 'sempre será Rony' e não há problema nisso

Rupert Grint falou ao G1 na inauguração do tour da saga em Londres.
Tom Felton, o Draco, também acredita que nunca se livrará do personagem.

Ronaldo PelliEspecial para o G1, de Londres
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Na história dos grandes sucessos de bilheteria e de alguns clássicos do cinema, é comum que atores fiquem para sempre associados aos personagens que eles interpretaram nos filmes. Foi o caso de Mark Hamill e o seu Luke Skywalker na saga “Star Wars”, Christopher Reeve, em “Superman”, e, até, em menor grau, de Malcolm McDowell, que interpretou Alex em “Laranja mecânica”. Com o sucesso estrondoso na adaptação dos sete livros do pequeno mago Harry Potter não poderia ser diferente.

“Eu tenho muito orgulho de ser parte desses filmes. É bem certo que sempre serei Rony. É legal, eu estou bem com isso”, disse o ator Rupert Grint, agora com 23 anos, e que interpretou nos oito filmes o bruxo ruivo Rony Weasley, amigo de Harry e Hermione, em entrevista para divulgar o tour Harry Potter que foi aberto no sábado (31). “É estranho o sucesso que foi. Há 12 anos, eu jamais esperaria estar falando dessas coisas. Isso me deixa impressionado.”
Harry Potter - Grande Hall (Foto: Ronaldo Pelli/G1)Primeira sala do tour de Harry Potter, inaugurado em Londres neste mês (Foto: Ronaldo Pelli/G1)
Outro que se deslumbra ao voltar à sala de Poções, o cenário mais sombrio de todo o estúdio, é Tom Felton, que fazia Draco, antagonista de Harry Potter.
“Eu espero ser sempre lembrado. Estarei na Lua se em 40 anos as pessoas ainda se lembrarem de mim como Draco”, diz o rapaz, agora com 24 anos, sobre o seu orgulho de ter interpretado o personagem que não é facilmente enquadrado na categoria bandido, muito menos na de mocinho

“Draco é o resultado do ambiente em que ele cresceu e de seus pais. Ele ainda não teve muita chance de descobrir quem é de verdade. Ao longo dos filmes, Draco começa a questionar a moral dos pais que o influenciou. No fim, ele começa a se sentir culpado pelo que aconteceu e percebe que é mais uma vítima do que uma criança do mal.”
Eu tenho muito orgulho de ser parte desses filmes. É bem certo que sempre serei Rony. É legal, eu estou bem com isso"
Rupert Grint
Outra que teve a oportunidade de revisitar seu papel na saga Harry Potter foi Evanna Lynch, a Luna. Uma personagem excêntrica e diferente, que deixava os outros personagens inseguros com seu jeito quase hippie. “Ela tem um espírito livre, que desafia todos os rótulos, seguindo apenas o próprio coração”, opinou Lynch. A menina de 20 anos acredita também que os livros e os filmes, apesar de se passarem majoritariamente no castelo inventando de Hogwarts, representam um pouco da cultura britânica.

“Eu estava com alguns amigos dos EUA, que não conheciam Londres e eles falavam: ‘olha, aquilo está em Harry Potter!’. ‘Aquilo’ sempre esteve na cidade, mas também aparecia no filme”, contou demonstrando como a saga, de certa forma, também apresentou a capital inglesa para o mundo. “[A autora dos livros que deram origem aos filmes] JK Rowling deve estar muito orgulhosa agora.”
 
Rupert Grint e Tom Felton também concordam que os filmes representem um pouco da identidade do Reino Unido. Mas, para eles, há uma outra faceta mostrada: a dos artistas que produziram cada um dos detalhes que podem ser conferidos de perto no tour.

“Todos os atores recebem os elogios e a glória, mas há milhares de pessoas que dedicaram muito tempo e esforço para criar algo que seria visto bem pequeno. Quando os fãs puderem vir aqui, eles terão a chance de apreciar a arte da Grã-Bretanha dos dias de hoje”, falou Felton, sobre artistas como Nick Dudman, que cuidava da maquiagem, e John Richardson, que chegou a ser indicado ao Oscar esse ano por conta do último filme da série, “Harry Potter e as relíquias da morte, parte 2”.
Fãs da saga 'Harry Potter' poderão visitar os estúdios onde os oito filmes foram gravados a partir deste sábado (31) (Foto: Jonathan Short/AP)Maquete de Hogwarts (Foto: Jonathan Short/AP)
“Lembro de quando eu lia o primeiro livro e pensava em como toda essa mágica seria ótima de produzir. E quando começamos a criá-la, quando sentamos com [o diretor] Chris Columbus [responsável pelos dois primeiros filmes da saga] e conversamos sobre todos os muitos detalhes do livro, vassouras que voam, candelabros flutuantes, e como iríamos construí-los”, recordou saudoso Richardson, o verdadeiro responsável pela “mágica” dos filmes.

“Criar as aranhas, os lobisomens, os gigantes, as cobras... a lista é infinita”, opinou Dudman sobre as maiores dificuldades enfrentadas no seu trabalho. “Tudo é o protótipo. Quando começávamos a fazer algo, não sabíamos como fazê-lo. Mas eu acho que Aragon, a aranha de Hagrid, foi o mais difícil de se fazer.”

Depois de revisitar o passado, como anda a velha amizade entre Rony, Hermione e Harry, ou entre Rupert, Emma Watson e Daniel Radcliffe?

“Eu não diria que nós nos vemos muitas vezes, porque estamos sempre fazendo um monte de coisas, ao redor do país”, opinou Grint. “Mas nós tivemos ligação intensa - todos os dias, durante dez anos – e vamos sempre lembrar que dividimos uma importante parte das nossas vidas.”

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