Na manhã desta quinta-feira, 5, o Papa Bento XVI presidiu, na Basílica de São Pedro, a Santa Missa do Crisma. A liturgia é celebrada em todas as catedrais do mundo com a consagração dos óleos dos catecúmenos, da unção dos enfermos e do crisma.
Participaram da celebração, cerca 1600 cardeais, bispos, párocos romanos, sacerdotes diocesanos e religiosos que renovaram suas promessas sacerdotais. É nesta Missa que o bispo, através da imposição das mãos e da oração consagratória, integra os padres ao sacerdócio de Jesus Cristo, para serem “consagrados na verdade” (Jo 17, 19).
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.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI na Missa do Crisma
Participaram da celebração, cerca 1600 cardeais, bispos, párocos romanos, sacerdotes diocesanos e religiosos que renovaram suas promessas sacerdotais. É nesta Missa que o bispo, através da imposição das mãos e da oração consagratória, integra os padres ao sacerdócio de Jesus Cristo, para serem “consagrados na verdade” (Jo 17, 19).
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“Mas somos consagrados também na realidade da nossa vida? Somos homens que atuam a partir de Deus e em comunhão com Jesus Cristo?”, questionou o Papa em sua homilia. Para isso são necessárias duas coisas, ressalta o Papa: uma união íntima, mais ainda, uma configuração a Cristo, uma renúncia àquilo que é exclusivamente individual, à tão falada auto-realização.
De fato, é pedido que cada um deixe de lado a própria vida para colocá-la a disposição de Cristo. Então pode surgir outra pergunta: “O que ganho eu com isso?” e ainda “Como se deve realizar esta configuração a Cristo, que não domina, mas serve, não toma, mas dá. Como se deve realizar na situação tantas vezes dramática da Igreja de hoje?”
“Recentemente, num país europeu, um grupo de sacerdotes publicou um apelo à desobediência, referindo ao mesmo tempo também exemplos concretos de como exprimir esta desobediência, que deveria ignorar até mesmo decisões definitivas do Magistério, como, por exemplo, na questão relativa à Ordenação das mulheres, a propósito da qual o beato Papa João Paulo II declarou de maneira irrevogável que a Igreja não recebeu, da parte do Senhor, qualquer autorização para o fazer”, afirmou Bento XVI.
Será a desobediência um caminho para renovar a Igreja? – questiona ainda o Papa. Realmente Cristo corrigiu certas tradições humanas que ameaçavam sufocar a Palavra e a vontade de Deus, mas para despertar novamente a obediência à verdadeira vontade de Deus, à sua palavra sempre válida.
“Queridos amigos, daqui se vê claramente que a configuração a Cristo é o pressuposto e a base de toda a renovação”, enfatiza o Pontífice. Para saber como funciona a renovação e como servi-la, basta olhar para os Santos, indica o Papa. É preciso entender também que “Deus não olha para os grandes números nem para os êxitos exteriores, mas consegue as suas vitórias sob o sinal humilde do grão de mostarda”.
Como entender a fé
O Ano da Fé, instituído por Bento XVI em razão das comemorações pelos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, deve ser uma ocasião para anunciar a mensagem da fé com novo zelo e nova alegria, salienta o Pontífice.
A fonte primária de conhecimento, sem dúvida está na Sagrada Escritura, mas os textos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica são os instrumentos essenciais que indicam, de maneira autêntica, aquilo que a Igreja acredita a partir da Palavra de Deus.
“Não anunciamos teorias nem opiniões privadas, mas a fé da Igreja da qual somos servidores”, destaca Bento XVI.
De fato, é pedido que cada um deixe de lado a própria vida para colocá-la a disposição de Cristo. Então pode surgir outra pergunta: “O que ganho eu com isso?” e ainda “Como se deve realizar esta configuração a Cristo, que não domina, mas serve, não toma, mas dá. Como se deve realizar na situação tantas vezes dramática da Igreja de hoje?”
“Recentemente, num país europeu, um grupo de sacerdotes publicou um apelo à desobediência, referindo ao mesmo tempo também exemplos concretos de como exprimir esta desobediência, que deveria ignorar até mesmo decisões definitivas do Magistério, como, por exemplo, na questão relativa à Ordenação das mulheres, a propósito da qual o beato Papa João Paulo II declarou de maneira irrevogável que a Igreja não recebeu, da parte do Senhor, qualquer autorização para o fazer”, afirmou Bento XVI.
Será a desobediência um caminho para renovar a Igreja? – questiona ainda o Papa. Realmente Cristo corrigiu certas tradições humanas que ameaçavam sufocar a Palavra e a vontade de Deus, mas para despertar novamente a obediência à verdadeira vontade de Deus, à sua palavra sempre válida.
“Queridos amigos, daqui se vê claramente que a configuração a Cristo é o pressuposto e a base de toda a renovação”, enfatiza o Pontífice. Para saber como funciona a renovação e como servi-la, basta olhar para os Santos, indica o Papa. É preciso entender também que “Deus não olha para os grandes números nem para os êxitos exteriores, mas consegue as suas vitórias sob o sinal humilde do grão de mostarda”.
Como entender a fé
O Ano da Fé, instituído por Bento XVI em razão das comemorações pelos 50 anos da abertura do Concílio Vaticano II, deve ser uma ocasião para anunciar a mensagem da fé com novo zelo e nova alegria, salienta o Pontífice.
A fonte primária de conhecimento, sem dúvida está na Sagrada Escritura, mas os textos do Concílio Vaticano II e o Catecismo da Igreja Católica são os instrumentos essenciais que indicam, de maneira autêntica, aquilo que a Igreja acredita a partir da Palavra de Deus.
“Não anunciamos teorias nem opiniões privadas, mas a fé da Igreja da qual somos servidores”, destaca Bento XVI.
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