Uma delegação com parlamentares e representantes da sociedade civil de todo o mundo visitam, esta semana, a região de Chernobyl, na Ucrânia, onde em abril de 1986 ocorreu o maior acidente nuclear da história. O Brasil está representado pelo bispo emérito de Pelotas (RS), dom Jayme Chemello.
O convite para a participação brasileira foi feita pela ONG Green Cross, da Suíça, fundada pelo ex-presidente da União Soviética, Mikail Gorbachev. Iriam participar desta comitiva seis parlamentares brasileiros, que não puderam comparecer por conta da agenda de votações no Congresso Nacional. “Dom Jayme é o único representante brasileiro nesta delegação que vai ver o que sobrou da região de Chernobyl. Eles não vão até a usina, mas visitam as cidades fantasmas ao longo da usina”, explica Francisco Whitaker, ativista social que é membro da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.
Ele, que está lançando o livro “Por um Brasil livre de usinas nucleares – Porque e como resistir ao lobby nuclear”, das edições Paulinas, apresentou aos bispos a gravidade da questão numa reunião em Brasília, em fevereiro passado. “A questão de Fukushima acordou o mundo inteiro para o risco desta opção energética, que é uma opção enganosa”, afirma.
Whitaker explica que há países que optaram, tempos atrás, pela energia nuclear, e que agora estão revendo a sua posição. “É o caso da Alemanha, por exemplo. No Brasil, a inconsciência é muito grande: o governo planeja construir Angra III, e quatro usinas nucleares no nordeste do país. E aqui não se tem nenhum estudo sobre o que fazer com o lixo atômico”, adverte. Ele lembra que mesmo países como a França não possuem uma destinação adequada para o lixo atômico.
No Brasil, existem dois fóruns de discussão do tema: a Coalizão por um País Livre de Usinas Nucleares; e a Articulação Anti-Nuclear Brasileira. Cada uma delas reúne mais de 200 entidades, como a Associação das Vítimas do Césio 137 e das Vítimas da Mineração no Estado da Bahia. Para Whitaker, a CNBB pode colaborar de forma importante neste debate. “Trata-se de um assunto grave, e há muita desinformação a respeito. As entidades estão propondo uma emenda à Constituição, proibindo a construção de usinas nucleares no Brasil. Seria um projeto de iniciativa popular, a exemplo do que foi feito na questão da Ficha Limpa”.
Ele, que está lançando o livro “Por um Brasil livre de usinas nucleares – Porque e como resistir ao lobby nuclear”, das edições Paulinas, apresentou aos bispos a gravidade da questão numa reunião em Brasília, em fevereiro passado. “A questão de Fukushima acordou o mundo inteiro para o risco desta opção energética, que é uma opção enganosa”, afirma.
Whitaker explica que há países que optaram, tempos atrás, pela energia nuclear, e que agora estão revendo a sua posição. “É o caso da Alemanha, por exemplo. No Brasil, a inconsciência é muito grande: o governo planeja construir Angra III, e quatro usinas nucleares no nordeste do país. E aqui não se tem nenhum estudo sobre o que fazer com o lixo atômico”, adverte. Ele lembra que mesmo países como a França não possuem uma destinação adequada para o lixo atômico.
No Brasil, existem dois fóruns de discussão do tema: a Coalizão por um País Livre de Usinas Nucleares; e a Articulação Anti-Nuclear Brasileira. Cada uma delas reúne mais de 200 entidades, como a Associação das Vítimas do Césio 137 e das Vítimas da Mineração no Estado da Bahia. Para Whitaker, a CNBB pode colaborar de forma importante neste debate. “Trata-se de um assunto grave, e há muita desinformação a respeito. As entidades estão propondo uma emenda à Constituição, proibindo a construção de usinas nucleares no Brasil. Seria um projeto de iniciativa popular, a exemplo do que foi feito na questão da Ficha Limpa”.
Nenhum comentário :
Postar um comentário