04/04/2012

Filho de Paul McCartney diz que toparia banda com filhos de Ringo, John e George

Atualizado em  3 de abril, 2012 - 10:42 (Brasília) 13:42 GMT
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James lança a carreira musical aos 34 anos de idade no Cavern Club
Às vésperas de lançar sua carreira musical, o filho de Paul McCartney, James, disse, em entrevista à BBC, que aceitaria formar uma banda com filhos de outros Beatles.
O compositor de 34 anos de idade faz um show nesta terça-feira no tradicional Cavern Club de Liverpool, onde os Beatles saltaram para a fama, e outro em Dublin antes de embarcar para uma turnê americana.
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James já tocou em dois álbuns de Paul, que produziu os dois EPs do filho, em parte gravados nos estúdios de Abbey Road.
Leia abaixo a entrevista ao repórter Ian Youngs:

Formatos alternativos
BBC: O que você acharia de formar The Beatles – A Próxima Geração, com Sean Lennon, Dhani Harrison e Zak Starkey (filho de Ringo Starr)?
James McCartney: Não acho que seja algo que Zak gostaria de fazer. Talvez o Jason (outro filho de Ringo, também baterista) topasse. Eu estaria disposto. O Sean parece topar, o Dhani também. Eu ficaria feliz de tentar.
BBC: Vocês já discutiram a ideia?
JMC: Sim, um pouco.
BBC: Você acha que isso pode acontecer?
JMC: Sim, claro, espero. Mas não tenho certeza, teremos que esperar e ver. A vontade de Deus, o apoio da natureza, suponho eu. Portanto, sim, talvez.
BBC: Você tinha vontade de tocar no Cavern, no mesmo lugar onde tudo começou para seu pai?
JMC: Sim, acho que sim. Simplesmente abraçar a herança dos Beatles em vez de fugir dela.
BBC: Quando você começou a tocar, usava o nome de Light (luz em inglês). Era uma tentativa de esconder sua identidade?
JMC: Na verdade, não. Eu era simplesmente mais inclinado a ter um nome de banda que fosse rock´n roll e espiritual. "E agora, Light!". Era isso que eu tinha em mente, caso algum dia chegasse a tocar no estádio de Wembley.
Acho que a luz é um tema recorrente nas religiões na espiritualidade. Os hindus cultuam a luz, que é algo visto como divino e espiritual.
BBC: Você sempre quis ser músico?
JMC: Sim, quando cheguei a uma certa idade, percebi que era um pouco melhor que os outros garotos na escola com a guitarra e passei a me orgulhar e gostar disso.
Na época eu sonhava em ser melhor que os Beatles. Não sei se conseguiria. Gostaria de chegar ao mesmo nível, mas mesmo isso é bem difícil.
BBC: Como você se sente quando as pessoas o comparam ao seu pai?
JMC: Acho que é ótimo, uma honra. Não acho que eu seja tão bom como os Beatles ou meu pai, mas eles são, indiscutivelmente, influências.

Zak, Sean e Dhani: Ringo, John e George também tiveram filhos músicos
BBC: Ajuda ou atrapalha ter o sobrenome McCartney?
JMC: É uma ajuda. Pode ser difícil às vezes encarar sozinho, mas acima de tudo, ajuda.
BBC: Como é trabalhar com seu pai, além de ter um relacionamento familiar?
JMC: É incrível. Algumas vezes no passado, há alguns anos, podia ser difícil, tenso, como qualquer família. No entanto, mais do que isso, é lindo.
Ele é um gênio, está além de ser gênio e é uma grande inspiração. Muito intelectual e obviamente maravilhoso no que faz, portanto é muito divertido. Ele me ajuda a me sintonizar comigo mesmo e ser a melhor pessoa que posso ser.
BBC: Qual foi o papel dele como co-produtor?
JMC: Apenas me dirigir e ter algumas idéias sobre quais instrumentos deveríamos colocar ou me encorajar a cantar um pouco melhor, ou gravar novamente algo. Também com os arranjos e a estrutura das canções e a mixagem. O processo todo.
BBC: Seu pai tentou dissuadi-lo da carreira musical?
JMC: Não, de forma alguma. Ele incentiva bastante.
BBC: Quando você estava crescendo, e que momento percebeu que seu pai era famoso?
JMC: Sempre percebi isso, quando havia fãs por perto que pediam autógrafos e, às vezes, eles pediam até o meu. Eu negava porque meus pais nos estimulavam a tentar viver uma vida mais privada.

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