
Jesus ressuscitado está presente na comunidade, dando início à nova criação. Os cristãos sentem sua presença na ação do Espírito que os move à implantação do projeto de Deus na história. Hoje a comunidade é chamada a ter fé madura que não exige sinais extraordinários para perceber Jesus presente nela (cf. Roteiros Homiléticos, de J. Bortolini, Paulus, 2007, p.322). A fé em Cristo ressuscitado é efetivamente libertadora, de maneira inequívoca e universal (Gl 5, 1), porque Jesus salva o homem do pecado, que é a fonte de todas as alienações e escravidão. Assim como os Apóstolos anunciaram a Ressurreição no contexto social e religioso do mundo judaico e grego-romano para qual se dirigia, assim também hoje em dia esta mensagem libertadora deve alcançar o homem atual que clama pela superação de toda injustiça e opressão, e que enfatiza os direitos humanos como a aspiração mais universal da Humanidade. O documento “Gaudium et Spes” do grande Concílio Ecumênico Vaticano ll falando sobre as “aspirações mais generalizadas da humanidade”, que incluem todos os tipos, tanto sociais e culturais como econômicas e operárias disse: “oculta-se uma aspiração profundo e universal: as pessoas e os grupos sociais estão sedentos de uma vida plena e livre, digna do homem (GS 9, 3).
A morte e ressurreição do Senhor realmente vêm nos libertar, mas não se limitam a uma libertação dos males físicos. Seria empobrecer demasiado o conceito da morte e ressurreição de Jesus. O efeito da ressurreição é muito mais amplo, penetra no santuário da consciência, envolve compromissos morais, atitudes religiosas, exercício constante da solidariedade e obediência intransigente à lei do amor recíproco.
Que a comunhão e a paz do Cristo Ressuscitado sejam abundantes nos vossos corações.
Padre Dr. Brendan Coleman Mc Donald, Redentorista e assessor da CNBB Reg.NE1
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