François Hollande e sua mulher, Valérie Trierweiler (Stephane Mahe/Reuters)
O socialista François Hollande venceu o segundo turno das eleições na França neste domingo, com 52% dos votos, e é o novo presidente do país, segundo resultados parciais. Pesquisas feitas pelos grandes institutos já apontavam a vitória do candidato, com porcentagens entre 52,5% e 53% dos votos em seu favor.
Hollande pode ser definido como a antítese do atual presidente, Nicolas Sarkozy. Além das divergências políticas, o socialista busca se tornar um presidente "amável" e "consensual", afastando-se da imagem de estadista centralizador e personalista, mantida por Sarkozy. Ele tenta se mostrar forte e "tenaz", sua principal qualidade, de acordo com seu amigo, o ex-ministro Michel Sapin.
François Hollande afirma que é a "pessoa que pode mudar o país", uma velha democracia considerada "maltratada" pelo exercício brutal do poder do atual presidente, descrito por ele como "hiperpresidente". Em contraposição, Hollande quer ser um presidente "normal". No plano moral, quer que a ação do estado volte a ser "exemplar" e critica a "tendência personalista" e de "exposição permanente" de Sarkozy.
Em seus últimos discursos e entrevistas, Hollande já vinha adotando um tom presidencial, apesar tentar evitar o triunfalismo de antecedência e afirmar que "imaginar uma eleição já ganha seria um fracasso político, e até mesmo moral". No debate de quinta-feira, soube rebater as investidas de Sarkozy e até atacá-lo na mesma moeda. Não houve nocaute, mas Hollande conseguiu manter a soberania na disputa e "marcar pontos" ao apresentar como estadista.
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