28/06/2012

Imigrantes procuram Portugal para estudar


PORTUGAL
Relatório anual das migrações
Texto Redação | Foto Dr | 28/06/2012 | 12:30
Maioria dos vistos de longa duração é concedida a cidadãos estrangeiros que pretendem estudar no nosso país. Relatório sobre migração revela que muitos trabalhadores imigrantes estão a abandonar o território nacional
IMAGEM
Quase metade dos vistos de longa duração atribuídos por Portugal a cidadãos de fora da União Europeia (UE) são concedidos a estudantes, refere o relatório anual das migrações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Os pedidos para estudar tornaram-se a principal categoria, justificando 47 por cento do total de vistos de longa duração, enquanto as famílias constituem o segundo grupo mais significativo - aproximadamente 25 por cento, de acordo com um relatório revelado quarta-feira, 28 de junho.  

Com o peso dos estrangeiros no conjunto da população ativa a diminuir, os vistos de trabalho representam 16 por cento do total e estão mesmo abaixo da quota de 3.800 vagas anuais definida pelo governo português. No International Migration Outlook 2012, a OCDE nota que prossegue o declínio nos vistos de longa duração atribuídos por Portugal a cidadãos não naturais da UE, para menos de 15 mil em 2010, o número mais baixo desde 2003. Num país penalizado desde há vários anos por uma crise económica e financeira, que coloca em causa o próprio modelo de desenvolvimento adotado até aqui, a imigração em geral recuou 12 por cento - para 30 mil pessoas em 2010. 

De acordo com a OCDE, as novas autorizações de residência também estão queda, de 61.400 para 50.700 em 2010, incluindo nacionais da UE e de países terceiros, alterações de estado e regularizações. A população estrangeira residente em Portugal está agora estimada em 448 mil pessoas – 27 por cento são brasileiros, 11 por cento ucranianos e 10 por cento cabo-verdianos - mas tanto os primeiros como os segundos têm vindo a regressar aos países de origem ou a migrar para destinos alternativos. O relatório salienta que o fluxo médio de imigração registado na década de 2000-2010 no nosso país foi de 182 mil pessoas por ano, cerca de metade face à década precedente.

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