13/06/2012

Meta para o Planta na Rio+20


Luiz Alberto Figueiredo será negociador-chefe do Brasil na cúpula.
Segundo ele, países ricos terão de adotar desenvolvimento sustentável.

Luiz Alberto Figueiredo será negociador-chefe do Brasil na cúpula.
Segundo ele, países ricos terão de adotar desenvolvimento sustentável.

Do G1, no Rio
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A Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que começa oficialmente nesta quarta-feira (13), no Rio de Janeiro, vai "definir metas para o mundo inteiro". É o que afirmou o embaixador Luiz Alberto Figueiredo, negociador-chefe do Brasil na cúpula, em entrevista ao Bom Dia Brasil.
"Um dos principais resultados que nós já podemos prever será a adoção pela Rio+20, pelos chefes de Estado, de objetivos de desenvolvimento sustentável", disse. "Haverá uma coisa concreta, que será refinada por um processo de negociação imediatamente depois da Rio+20. Nós temos que definir metas para o mundo inteiro, não só para os países pobres, mas para os países ricos também, para que todos caminhemos no sentido da sustentabilidade."
O encontro, que ocorre 20 anos depois da Rio 92, deve reunir mais de 130 chefes de Estado em sua fase final, para debater propostas sobre como aliar o desenvolvimento econômico à proteção ao meio ambiente e à inclusão social.
O embaixador minimizou as ausências de Barack Obama (EUA), David Cameron (Grã-Bretanha) e Angela Merkel (Alemanha). "É impressionante o número de chefes de Estado que já confirmaram a sua vinda. Nós vamos ter mais chefes de Estado e de governo que tivemos na Rio 92. É natural que alguns chefes de Estado não possam vir por razões diferentes, mas seus países terão sempre uma voz muito ativa, porque eles serão representados também em bastante alto nível."
Desta quarta (13) até a sexta (15) ocorrem as últimas negociações sobre o documento que será levado aos chefes de governo. Trata-se da é a “Reunião do Comitê Preparatório da Rio+20”.
Entre os dias 16 e 19, o governo brasileiro organiza mesas de debate sobre temas ligados à sustentabilidade com especialistas na área, nos “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável”. A fase final, chamada de “Segmento de Alto Nível”, com presidentes e líderes de governos, vai de 20 a 22 de junho.
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Soldados fazem policiamento no Riocentro, sede da Rio+20. (Foto: Reuters)Soldados cuidam da segurança no Riocentro, sede da Rio+20, na terça (12). (Foto: Reuters)
Nesta quarta, as negociações começam às 10h e devem continuar até o início da noite. Na sessão de abertura, os “co-chairs” (pessoas que ajudam o secretário-geral da Rio+20, Sha Zukang, a comandar o encontro) vão divulgar a agenda das negociações e eleger aqueles que vão coordenar a redação dos capítulos do documento final.
Às 11h, a presidente Dilma Rousseff inaugura o “Pavilhão Brasil” no Parque dos Atletas, em frente ao Riocentro. No local, o governo brasileiro vai apresentar iniciativas e projetos ligados à temática ambiental.
Segundo o Comitê Nacional de Organização da Rio+20, ainda na quarta, às 18h30, haverá uma cerimônia oficial que deve contar com a presença dos ministros Antônio Patriota, das Relações Exteriores, e Izabella Teixeira, do Meio Ambiente.
Documento finalO texto final deve apresentar propostas para que os países sejam capazes de desenvolver sua economia sem impactar o meio ambiente e erradicando a pobreza extrema – os pilares da chamada “economia verde”.
Organizações não-governamentais e demais representantes da sociedade civil criticam a falta de acordo entre as nações e o próprio documento, designando-o como “fraco” e “sem metas obrigatórias”.
A falta de obrigações do documento para os países foi criticada por especialistas ouvidos pelo G1, já que a ausência de metas pode ter afastado importantes líderes como David Cameron, do Reino Unido; Angela Merkel, da Alemanha; e o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.
Para o secretário da Rio+20, tais ausências não enfraquecerão o encontro.
Eventos paralelosFora do Riocentro, outros eventos e mesas de debates acontecem em diversos locais do Rio de Janeiro. O maior deles é a Cúpula dos Povos, organizada por entidades da sociedade civil críticas à agenda oficial da Rio+20.
Humanidade 2012 tem instalações, seminários e oficinas (Foto: Marcos de Paula / Agência Estado/ AE)
No Forte de Copacabana, a Exposição Humanidade 2012 traz uma mostra gratuita e aberta ao público da diretora e cenógrafa Bia Lessa sobre os temas da Rio+20. O mesmo local recebe mesas de debate e, nos próximos dias, encontros de prefeitos e de empresários.
No hotel Windsor Barra, entre os dias 15 e 19, homens de negócios de todo o mundo se reúnem no "Forum sobre Sustentabilidade Global" para debater maneiras de impulsionar empresas levando em conta os quesitos de proteção ambiental.
Veja o mapa dos eventos da Rio+20 (Foto: Arte G1)
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