26/06/2012

Reintegração de posse retira famílias de área invadida


Ação deve durar dois dias, segundo a prefeitura do município.
Loteamentos do Parque Chico Mendes foram invadidos no ano passado.

Tatiana Lopes e Roberta SalinetDo G1 RS e da RBS TV
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Policiais atuam na ação, que ocorre pacificamente nesta terça (26) (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)Policiais atuam na ação, que ocorre pacificamente nesta terça (26) (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
Integrantes da prefeitura de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, oficiais da Justiça, policiais militares do Batalhão de Operações Especiais (BOE), bombeiros e ambulâncias do Samu atuam nesta terça-feira (26) na reintegração de posse do Parque Chico Mendes, que teve loteamentos invadidos ainda no final do ano passado. Segundo a prefeitura, o número de casa ocupadas é de 287, com um total de aproximadamente mil pessoas na área.
A ação, que começou pouco antes das 7h, ocorre de forma pacífica. Os oficiais de Justiça passam de casa em casa para comunicar a saída. A prefeitura fez um estudo e apurou que 60 famílias precisam de ajuda emergencial e receberão o aluguel social. O secretário municipal de Habitação, entretanto, garante que as demais não ficarão desamparadas.
"Temos um estudo social que aponta 60 famílias com necessidade emergencial, e elas serão atendidas. Se sobrarem famílias, elas não ficarão desamparadas. Não iriamos começar uma operação como esta sem alternativas", disse o secretário André Lima.
Andressa com dois de seus filhos durante a desocupação (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)Andressa com dois de seus filhos durante a
desocupação (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
Os loteamentos do Parque Chico Mendes são destinados a famílias cadastradas pela prefeitura, que moram em bairros identificados como áreas de risco na cidade. Andressa Martins, de 25 anos, com quatro filhos, diz que é cadastrada e esperou cinco anos para receber a moradia que ainda não havia recebido. Por isso decidiu invadir. "Perdi a casa que tinha com um temporal. Vivo de faxina e vou ter que voltar para o meio do banhado", disse a mãe solteira.
Ainda conforme dados do município, durante o cadastro foram verificadas famílias oriundas de outros municípios como Canoas, Gravataí, Santo Antônio da Patrulha, São Leopoldo e Porto Alegre que ocuparam moradias no local.
Os pertences das famílias são colocados em caminhões providenciados pela prefeitura. Eles voltam para o lugar onde moravam, ou vão para casa de parentes ou amigos. Para quem não tem para onde ir, a prefeitura disponibiliza depósitos para guardar os móveis, roupas e objetos.
Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, algumas famílias já haviam deixado as casas ocupadas entre sábado (23) e segunda-feira (25). A retirada total das pessoas deve demorar dois dias. 
Pertences das famílias são retirados das casas na ação (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)Pertences das famílias são retirados das casas na ação (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)

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