Natasha Pitts
Começou oficialmente na quarta-feira (13) a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que acontecerá até o próximo dia 22 no Rio de Janeiro (Sudeste do Brasil). O evento acontece 20 anos após a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio 92, e pretende definir a agenda sobre desenvolvimento sustentável que deve ser adotada para os próximos anos.
Ontem, a anfitriã do evento, a presidenta Dilma Rousseff realizou a abertura do Pavilhão Brasil na Rio+20. Dilma fez um alerta aos representantes das nações, sobretudo das mais desenvolvidas e que estão enfrentando crises financeiras. A presidenta pediu compromisso para que todos possam alcançar as metas de desenvolvimento sustentável.
Até o próximo dia 15 acontece o primeiro momento da Conferência, a III Reunião do Comitê Preparatório. Durante estes dias, representantes governamentais de países-membros das Nações Unidas vão se reunir para negociar os documentos a serem adotados na Conferência.
A partir do dia 16 tem início a segunda parte da Rio+20 com os ‘Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável'. Esta etapa segue até o dia 19 e vai reunir representantes da sociedade civil, setor privado, organizações não governamentais, comunidade científica, entre outros, para discutir os temas prioritários relacionados a desenvolvimento sustentável, os quais devem passar por assuntos como inclusão social, erradicação da fome e da pobreza, alternativas para a economia verde, clima e desmatamento. As recomendações decorrentes destes Diálogos serão levadas diretamente aos Chefes de Estado e de Governo presentes à Cúpula.
Na quarta-feira (20), é quando tem início o Segmento de Alto Nível da Conferência, que deve reunir chefes de Estado e governo de pelo menos 115 nações para discussões, até o dia 22, sobre a agenda de desenvolvimento sustentável que deve ser cumprida nos próximos anos.
Até o momento, o que se sabe ao certo é que não está havendo um consenso entre as opiniões dos ministros e especialistas de cada nação. Há dúvidas se será possível chegar a um denominador comum sobre o que são as metas sustentáveis para os planetas, sobre o papel específico que cada país precisa assumir diante dos problemas ambientais do planeta e, sobretudo, há dúvidas acerca do estabelecimento de metas viáveis de comprometimento ambiental. Países que comandam a economia mundial, como os Estados Unidos, já mostraram que não estão dispostos a grandes mudanças.
Enquanto isso, movimentos e organizações sociais e ambientais, ambientalistas, estudantes, pesquisadores, defensores de direitos humanos, entre outros ativistas começam a chegar ao Rio de Janeiro para a Cúpula dos Povos na Rio+20 com o intuito de pressionar os tomadores de decisão e fortalecer a luta contra a crise capitalista que está custando a vida no planeta.
Jornalista da Adital
Adital
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