07/06/2012

Santo Antônio de Pádua


 


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Everth Queiroz Oliveira 

13 de Junho
http://luizalavenere.blog.uol.com.br/images/Santo_Antonio.jpgSanto Antônio é, com certeza, o santo franciscano mais famoso e conhecido em todo mundo. Nasceu em Lisboa, em torno de 1195, tendo recebido, no batismo, o nome de Fernando. Tornou-se padre da Ordem dos Agostinianos, em Coimbra. Ali conheceu os primeiros cinco franciscanos que foram como missionários ao Marrocos e morreram mártires. O fato foi decisivo para ele tornar-se franciscano também. Desejou ir ao Marrocos, mas uma doença obrigou-o a voltar. Todavia, uma tempestade levou o navio até a Sicília, na Itália. De lá foi pra Assis, onde em 1221 participou do Capítulo Geral dos Franciscanos e conheceu pessoalmente S. Francisco de Assis.
Seu grande dom de pregador ficou conhecido, por acaso, quando na catedral de Forli reuniram-se franciscanos e dominicanos para uma ordenação sacerdotal. Antônio foi convidado de última hora. Todos ficaram boquiabertos com seu grande conhecimento bíblico, sua inteligência, sabedoria e beleza de sua pregação. O Papa Gregório IX, conhecendo seu amor pelas Sagradas Escrituras denominou-o “Arca do Testamento”.

Foi missionário no sul da França, onde combateu doutrinas heréticas que confundiam o povo de Deus. A eficácia de sua missão catequética foi tão grande que o apelidaram de “Martelo dos hereges”. Outra virtude marcante nas pregações do Santo foi sua veemente condenação da usura (agiotagem), que já no século XIII arruinava tantas famílias, normalmente as mais pobres. Aliás, Antônio sempre defendeu com firmeza os pobres que eram explorados e injustiçados. Sua caridade para com os necessitados está simbolizada até hoje, pelo “Pão de Santo Antônio”, que é o pão dos pobres. Foi um grande devoto mariano. Maria esteve sempre na sua vida e pregações. Foi um entusiasmado defensor da família. Isto certamente fez desabrochar no povo a devoção ao santo casamenteiro. Ele é também invocado para achar objetos perdidos. E ajuda mesmo! Imagine, então, a eficácia quando lhe pedimos ajuda para reencontrar a fé, o amor verdadeiro, a fidelidade à Palavra de Deus, a alegria, a paz. Mas, sobretudo, Antônio foi um homem de muita oração e um apaixonado pela Palavra de Deus.
A iconografia apresenta o Santo ora com um livro, que representa seu conhecimento sólido da Bíblia, ora com o Menino Jesus nos braços, que lembra sua intimidade com Deus, sua pureza e freqüentes êxtases.
Os devotos conhecem muitos milagres atribuídos ao Santo. Todavia, a primeira biografia sobre ele, escrita em 1232, logo após a sua morte, em vista da canonização, não traz nenhum fato milagroso. Nem o Papa Gregório IX, no decreto de canonização faz referência a milagres. Fala somente das virtudes do Santo. Essas deveriam ainda hoje animar e orientar todos os devotos de Santo Antônio. Somos convidados a imitar o Santo na sua fidelidade ao Evangelho, no zelo em salvar os que estão no erro, no pecado; em ser solidário com pobres e explorados. A devoção verdadeira passa pela prática da caridade. Por isso, num dos seus sermões, afirmou o Santo: “A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras”.
Frei Jorge E. Hartmann OFM, Revista Canção Nova, nº 102

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