05/07/2012

Envelhecimento dos cristãos preocupa Igreja coreana


MUNDO
Estatísticas
Texto Álvaro Pacheco | Foto Álvaro Pacheco | 05/07/2012 | 08:00
Apesar do aumento das conversões, a Igreja na Coreia do Sul está a envelhecer. Há um declínio na participação na missa dominical, no número de crianças batizadas, das que recebem a primeira comunhão e das que frequentam a catequese
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Publicadas recentemente pela Conferência Episcopal, as “Estatísticas da Igreja Católica 2011” revelam que o número de católicos na Coreia do Sul aumentou de 2 por cento no último ano. O aumento corresponde a cinco milhões de católicos entre 50, isto é, 10,3 por cento da população. Das 15 dioceses, Seul é a mais numerosa, com 27 por cento de católicos. Se se juntarem as dioceses que se encontram à volta de Seul, o número atinge os 55,4 por cento. Ou seja, a maior parte dos católicos vive nas grandes áreas metropolitanas. 

Quanto ao clero, também aqui se registou um aumento. Em 2011, havia 4.455 sacerdotes locais e 166 estrangeiros, 34 bispos e um cardeal. Entre os sacerdotes, 3.817 eram diocesanos, 647 religiosos e 156 missionários. Foram ordenados 141 novos sacerdotes, que representa um aumento de 3,3 por cento em relação a 2010. Porém, em 2011, o número de seminaristas era de 1.587. Diminuíram 5,2 por cento em relação ao ano anterior. O número de paróquias era de 1.647 e os locais de missão ad extra (contando paróquias de coreanos residentes no estrangeiro) de 793. As estatísticas eferem ainda o número de batizados, casamentos, primeiras comunhões, confissões e participação na missa. 

Todavia, os católicos “nengdamja” são cada vez mais. A palavra significa, literalmente, católicos “congelados”, isto é, que não participam em qualquer atividade paroquial ou eclesial. A diminuição do número de seminaristas é também preocupante, se bem que comparada com outros países, a Coreia apresenta ainda um número elevado de ordenações sacerdotais. Em relação à vida religiosa, também aqui se verifica uma diminuição do número de vocações. Apesar de apresentar ainda números invejáveis, a Igreja está a mudar. A mudança é vista com serenidade, mas acima de tudo como um desafio a uma maior autenticidade e profundidade na formação catequética dos fiéis.

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