15/07/2012

Esperança na Igreja de Angola


MUNDO
Inauguração da catedral

Texto E. Assunção | Foto DR | 15/07/2012 | 17:00
Celebração de várias horas, vivida intensamente por numerosos fiéis e na presença de autoridades do governo, inaugura a catedral renovada da diocese de Luena. Após 34 anos de guerra e dos trabalhos de reconstrução, ergue-se um sinal de paz e renascimento
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O núncio apostólico de Angola e São Tomé e Príncipe, Novatus Rugambwa, presidiu à celebração da reinauguração da catedral da diocese de Luena, na província de Moxico, juntamente com diversos bispos de Angola, em 8 de julho. Durante os 34 anos da guerra civil – de 1968, início da luta armada pela independência até 2002, data da assinatura do acordo de paz – as estruturas do edifício foram-se progressivamente deteriorando, requerendo uma intervenção profunda. 

A ruína do templo foi um sinal evidente da destruição que atingiu as comunidades cristãs da província do Moxico. A diocese de Luena, que cobre uma extensão de 233 mil quilómetros quadrados, viveu durante todos estes anos sob a perseguição e a violência. Muitas comunidades cristãs passaram anos e anos sem a presença de um sacerdote ou missionário. Apesar da falta de qualquer assistência religiosa, mantiveram-se vivas e operantes, embora no total isolamento imposto pela guerra. Valeu a coragem e o testemunho valoroso de numerosos catequistas leigos, que em alguns casos chegou até ao martírio. 

Com a assinatura do acordo de paz, em 2002, a Igreja local iniciou um percurso de reconstrução do tecido social e eclesial. O verbita, Tirso Blanco, bispo da diocese desde março de 2008, promoveu a criação do seminário propedêutico diocesano, a gradual reativação de antigas igrejas e missões, o regresso e a chegada de várias congregações religiosas ao território da diocese. Teve assim início um renascimento sustentado do dinamismo e vitalidade da Igreja naquela diocese angolana.

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