Segundo presidente da associação, medidas já estão sendo analisadas com o objetivo de reverter a situação
Quem circula pelo calçadão da Beira-Mar, sobretudo no período de férias, nota um aumento significativo na quantidade de turistas e até mesmo de cearenses que utilizam o espaço para as horas de lazer. No entanto, além dos patins e skates que ultimamente têm sido alvos de reclamações dos pedestres, outro problema, agora, é a presença dos carrinhos pertencentes aos vendedores das feiras, que têm sido parados no meio do calçadão, em horários de pico.
Frequentadores do calçadão afirmam que a grande quantidade dos equipamentos, que abastecem a feira naquela localidade, atrapalham as corridas, caminhadas e passeios de quem vai à Avenida Beira-Mar FOTO: KIKO SILVA
Entre 16 e 18 horas, é comum observar a fileira de carrinhos que se amontoam pelo local, o que dificulta a passagem de pedestres, sobretudo para quem vai com o objetivo de fazer exercícios. Nos carinhos, os vendedores levam os produtos que são comercializados na feira que é montada na Beira-Mar.
A dona de casa Cristina Girão caminha na orla há cinco anos e comenta que precisa desviar dos carrinhos com frequência. "Algumas vezes, acontecem de ter cinco, um atrás do outro, ou três, lado a lado. A gente precisa ficar se desviando porque sabe que um choque num carrinho desses pode até machucar", reclama.
A estudante Priscila Maia pratica caminhada sempre no mesmo horário e diz que a situação é comum. Para ela, medidas já deveriam ter sido tomadas, como a construção de um local fixo onde os carrinhos pudessem ficar. "Dessa maneira, nem eles seriam prejudicados, nem nós, que viemos aqui pra caminhar".
Fiscalização
Na tarde de ontem, apesar da presença dos fiscais, uma grande quantidade de carrinhos atrapalhou quem passava pelo calçadão. Segundo os agentes da Secretaria Executiva Regional II (SER III), alguns deles faltaram, por isso, a desorganização estava maior. Conforme eles, geralmente, 40 homens costumam fazer a fiscalização dos feirantes na Beira-Mar, mas, na tarde de ontem, aproximadamente 15 estavam atuando no local.
Ainda de acordo com os fiscais, os carrinhos só podem permanecer no calçadão até às 18h. Durante a feira, os veículos, após serem descarregados com os produtos, ficam num estacionamento pago, localizado na Rua Visconde de Mauá, mas, com o recente aumento do aluguel, ficou inviável para os feirantes arcarem com a despesa.
Por esta razão, grande parte deles é mantida no local onde acontece a feira e também na parte de trás dela, já perto da areia da praia.
O presidente da Associação da Feira de Artesanato da Beira Mar, Theodomiro Araújo, reconhece que a estrutura da feira é precária. "Nós conversamos com a secretária da Regional II, e ela nos deu um período para ficarmos dessa maneira", afirma. Na opinião do presidente, essa ainda não é a feira que ele e os comerciantes querem para Fortaleza, pois muito precisa ser aperfeiçoado.
Ao todo, são 650 feirantes trabalhando no calçadão. De acordo com o presidente, eles não são regularizados, possuindo apenas um termo de permissão para estarem ali. Ciente dos transtornos, Araújo afirma que, junto à Regional II, os feirantes têm buscado uma solução para o problema. "A secretária tem sido muito atenciosa conosco. Temos até em mente transformar esses carrinhos em arte. Colorir, pintar, para dar um aspecto mais bonito a eles", destaca.
Em nota, a Regional II afirmou que, a partir de um acordo com os permissionários da feirinha de artesanato da Beira Mar, a estrutura fixa das barracas será mantida, durante o período de férias, no próprio calçadão. Uma reunião com a associação dos feirantes já foi marcada pela Regional para a próxima semana, com o objetivo de discutir os encaminhamentos dessa decisão.
Fonte: Diário do Nordeste
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