MUNDO
Distúrbios e violência
Texto E. Assunção | Foto DR | 17/08/2012 | 10:50
Em Marikana, na periferia de Pretória, disparos da polícia mataram, pelo menos, 30 grevistas. Os mineiros estariam armados com facões e lanças, na ação mais letal numa semana de greve marcada por por episódios de violência
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Os distúrbios na mina de Marikana começaram a 10 de agosto. Pelo menos 30 mineiros que se manifestavam, morreram até esta quinta-feira, 16 de agosto, por disparos das forças de segurança, confirmou hoje o ministro sul-africano da Polícia, Nathi Mthethwa. A emissora Talk Radio 702 informou que há “muitos” feridos na mina de platina da empresa Lonmin, em Marikana, a 100 quilómetros de Joanesburgo, onde os agentes abriram fogo contra mineiros armados com machetes e paus.
“A Polícia fez tudo o que pôde, mas os mineiros disseram que não deixariam o local e que estavam dispostos a lutar”, comentou o ministro, falando do incidente que causou comoção na África do Sul e evocou a violência do “apartheid”. Em comunicado oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, declarou-se “comovido e consternado por esta violência sem sentido”. E acrescentou: “Acreditamos que há espaço suficiente na nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem desrespeitar a lei”.
Os distúrbios na mina começaram na sexta-feira passada e, antes da tragédia desta quinta, 17 de agosto, já haviam falecido dez pessoas em incidentes violentos entre os próprios manifestantes e em confrontos dos mineiros com as forças de segurança. O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção e a União Nacional de Mineiros, iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve. A Polícia desdobrou desde então um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas.
“A Polícia fez tudo o que pôde, mas os mineiros disseram que não deixariam o local e que estavam dispostos a lutar”, comentou o ministro, falando do incidente que causou comoção na África do Sul e evocou a violência do “apartheid”. Em comunicado oficial, o presidente sul-africano, Jacob Zuma, declarou-se “comovido e consternado por esta violência sem sentido”. E acrescentou: “Acreditamos que há espaço suficiente na nossa ordem democrática para resolver qualquer disputa mediante o diálogo, sem violência e sem desrespeitar a lei”.
Os distúrbios na mina começaram na sexta-feira passada e, antes da tragédia desta quinta, 17 de agosto, já haviam falecido dez pessoas em incidentes violentos entre os próprios manifestantes e em confrontos dos mineiros com as forças de segurança. O conflito começou pela disputa entre dois sindicatos rivais, a Associação de Trabalhadores da Mineração e Construção e a União Nacional de Mineiros, iniciada há uma semana, logo após a declaração de uma greve. A Polícia desdobrou desde então um amplo dispositivo para conter os manifestantes, que a imprensa sul-africana calculou em cerca de três mil pessoas.
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