Dom José Alberto Moura*
É de relevância e essencial o lugar da mulher na família, na Igreja e na sociedade. Onde ela falta esses organismos vão mal. Ela tem o condão outorgado por Deus para o ensino, a atitude e a prática da ternura e do equilíbrio afetivo e efetivo na convivência humana.
Deus quis depender de u’a mulher para vir de forma humana entre nós, na pessoa do Verbo Divino. Nisso ela se torna mãe de Deus, pois, o fruto de seu ventre não é um simples homem. É um ser divino-humano. Ele o prova por seu ser e agir, coroando-o com a ressurreição.
Na família a mulher é promotora da vida, na relação da afeição humana com o marido e os filhos, no amor manifestado na afetividade e sexualidade, bem como no equilíbrio do relacionamento de complementaridade com o par. Faz a relação com o homem produzir outras vidas, na transmissão da nova geração. Seus predicados femininos tornam o equilíbrio mais adequado nas relações familiares à convivência saudável com o cônjuge e os filhos. A ternura é uma de suas virtudes essenciais. Sua fé praticada a torna forte na missão e na superação dos limites de si e de seus familiares. A faz superar até o que humanamente parece insuperável. O bombardeamento e a corrosão das virtudes e do valor dela hoje trazem conseqüências danosas para todos, apesar das delícias aparentes muitas vezes apresentadas como modernismo, ou sejam o não ter filhos, não ter parceiro estável, não compromisso matrimonial durável e a superação de casamento sem parceria da diversidade de gênero.
Em relação à comunidade eclesial a presença feminina é substancial e básica para a convivência com os valores cristãos. Maria é Mãe da Igreja, pois, gerou sua Cabeça. Esta sem corpo não existe e vice-versa. Foi por meio dela que Jesus veio. Sem a mulher não temos geração de filhos para a Igreja, não só no sentido biológico e de números, mas na manifestação e prática da real ternura de Deus. Ela colabora indispensavelmente com a promoção da fé e da ação missionária na Igreja e na sociedade. Ela dá o toque psicológico da maternidade para o estímulo de todos no seguimento de Jesus. Seu valor é incrivelmente grande para a Igreja ser Igreja, discípula e missionária de Cristo, para a promoção da vida em todas as dimensões. Quantas santas mulheres existiram e existem, que mostram sua grandeza diante de Deus e dos seres humanos!
A mulher na sociedade faz haver vida e esperança para todos. Sem ela nem o puro laboratório artificial de geração de vida não seria capaz de popular a terra para dar sustentabilidade ao ser humano. Com seus pendores, característicos de sua identidade, ela é capaz de fazer com que o ser humano não produza só matéria, mas ternura, retidão e bondade.
O lugar no céu da Mãe de Jesus, para onde ela foi elevada ressuscitada, é prenúncio de que é o lugar definitivo de todas as mulheres e de todos os homens que a seguem no caminho do Filho de Deus.
*Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
CNBB
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