Kelen Galvan
Da Redação
Arquivo Canção Nova
'A medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais', afirma Dom Antônio Augusto
O projeto de Deus para a família é muito amplo, engloba a vivência do amor e do perdão, de um relacionamento profundo no próprio âmbito familiar. No entanto, também é um projeto que diz respeito a toda a humanidade.
Essa reflexão é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, também membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, sobre a relação da família e da comunidade. O tema é um dos assuntos tratados na Semana Nacional da Família, que está sendo celebrada em todo o país até o dia 18 deste mês.
O bispo explica que a família não existe para si mesma. "Ela é chamada a ser evangelizadora. A família não está para si, como também o indivíduo não está para si, mas para o outro. A família está para outras famílias, para a comunidade paroquial, para toda a humanidade".
Nessa afirmação está incutido um papel muito grande da Igreja, destaca Dom Antônio, que é o de mostrar à família que todos os valores bons que ela cultiva dentro de si, só continuarão a crescer se for "expandido", transmitido a outras comunidades.
"A lógica de Deus é inversa - 'Dai e dar-se-vos-á' (Lc 6,38). Quando se compartilham os bens espirituais eles se multiplicam. À medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais e as pessoas estarão muito mais satisfeitas. Por outro lado, a família que se fecha em si mesma, se empobrece. Então, abrir-se à comunidade é uma questão de sobrevivência da família", enfatiza.
Como ensinar os filhos?
Para Dom Antônio, a melhor maneira de ensinar os filhos a estarem atentos aos outros é proporcionar que eles tenham proximidade com os irmãos que mais precisam.
"Visitar hospitais, orfanatos, casas de repouso para idosos, levar os filhos para verem os mendigos nas praças... Sem nenhum receio, fazer com que os filhos se sensibilizem com as necessidades dos outros. Vejam pessoas que vivam felizes com tão pouco. E entendam que, muitas vezes, o que eles mais precisam não é de roupas e alimentos, mas de atenção, de alguém que compartilhe com eles momentos que passam sozinhos", exemplifica o bispo.
Atitudes como essas "desenvolvem e dilatam" o coração, diz Dom Antônio, "faz os filhos crescerem com esse sentido, essa sensibilidade social".
Exemplo dos cristãos
Os primeiros cristãos viviam de perto essa realidade. Eles conviveram com Jesus ou com testemunhas diretas da vida de Cristo e O anunciavam. O subsídio para a Semana Nacional da Família destaca que as primeiras comunidades cristãs tinham o costume de praticar gestos de amor fraterno e de caridade aos domingos.
"Alimentados da Eucaristia dominical transformavam o dia do Senhor no dia da caridade, assumindo a dimensão evangélica do serviço", explica o texto.
Essa atitude dos primeiros cristãos tem sido muito enfatizada pelo Papa Bento XVI, que nos convida a "conhecer a Cristo e levá-lo à nossa sociedade", destaca Dom Antônio. "A Igreja se faz não simplesmente com as estruturas, com os meios econômicos e tecnológicos de que dispomos, mas se faz com pessoas que sabem ter esse encontro pessoal com Cristo".
Os primeiros cristãos dialogaram com a cultura da época e conseguiram extrair dela os valores positivos. Também os cristãos de hoje podem fazer a diferença na sociedade.
"É possível vencer a cultura do individualismo com a valorização da pessoa como criatura de Deus. É possivel vencer a cultura da morte mostrando o valor divino da vida. É possivel vencer a cultura do consumismo mostrando às pessoas que os bens materiais são necessários para desenvolver o bem de todos [...] Assim dialogamos com a cultura e fazemos com que ela seja um veículo de comunicação de Deus", concluiu Dom Antônio.
Essa reflexão é do bispo auxiliar do Rio de Janeiro, Dom Antônio Augusto Dias Duarte, também membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e a Família da CNBB, sobre a relação da família e da comunidade. O tema é um dos assuntos tratados na Semana Nacional da Família, que está sendo celebrada em todo o país até o dia 18 deste mês.
O bispo explica que a família não existe para si mesma. "Ela é chamada a ser evangelizadora. A família não está para si, como também o indivíduo não está para si, mas para o outro. A família está para outras famílias, para a comunidade paroquial, para toda a humanidade".
Nessa afirmação está incutido um papel muito grande da Igreja, destaca Dom Antônio, que é o de mostrar à família que todos os valores bons que ela cultiva dentro de si, só continuarão a crescer se for "expandido", transmitido a outras comunidades.
"A lógica de Deus é inversa - 'Dai e dar-se-vos-á' (Lc 6,38). Quando se compartilham os bens espirituais eles se multiplicam. À medida que a família dá aquilo que é uma riqueza interna, ela se enriquece mais e as pessoas estarão muito mais satisfeitas. Por outro lado, a família que se fecha em si mesma, se empobrece. Então, abrir-se à comunidade é uma questão de sobrevivência da família", enfatiza.
Como ensinar os filhos?
Para Dom Antônio, a melhor maneira de ensinar os filhos a estarem atentos aos outros é proporcionar que eles tenham proximidade com os irmãos que mais precisam.
"Visitar hospitais, orfanatos, casas de repouso para idosos, levar os filhos para verem os mendigos nas praças... Sem nenhum receio, fazer com que os filhos se sensibilizem com as necessidades dos outros. Vejam pessoas que vivam felizes com tão pouco. E entendam que, muitas vezes, o que eles mais precisam não é de roupas e alimentos, mas de atenção, de alguém que compartilhe com eles momentos que passam sozinhos", exemplifica o bispo.
Atitudes como essas "desenvolvem e dilatam" o coração, diz Dom Antônio, "faz os filhos crescerem com esse sentido, essa sensibilidade social".
Exemplo dos cristãos
Os primeiros cristãos viviam de perto essa realidade. Eles conviveram com Jesus ou com testemunhas diretas da vida de Cristo e O anunciavam. O subsídio para a Semana Nacional da Família destaca que as primeiras comunidades cristãs tinham o costume de praticar gestos de amor fraterno e de caridade aos domingos.
"Alimentados da Eucaristia dominical transformavam o dia do Senhor no dia da caridade, assumindo a dimensão evangélica do serviço", explica o texto.
Essa atitude dos primeiros cristãos tem sido muito enfatizada pelo Papa Bento XVI, que nos convida a "conhecer a Cristo e levá-lo à nossa sociedade", destaca Dom Antônio. "A Igreja se faz não simplesmente com as estruturas, com os meios econômicos e tecnológicos de que dispomos, mas se faz com pessoas que sabem ter esse encontro pessoal com Cristo".
Os primeiros cristãos dialogaram com a cultura da época e conseguiram extrair dela os valores positivos. Também os cristãos de hoje podem fazer a diferença na sociedade.
"É possível vencer a cultura do individualismo com a valorização da pessoa como criatura de Deus. É possivel vencer a cultura da morte mostrando o valor divino da vida. É possivel vencer a cultura do consumismo mostrando às pessoas que os bens materiais são necessários para desenvolver o bem de todos [...] Assim dialogamos com a cultura e fazemos com que ela seja um veículo de comunicação de Deus", concluiu Dom Antônio.
Canção Nova
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