A Grécia despertou paralisada nesta terça-feira (6) devido ao início de uma greve geral de dois dias contra as novas medidas de austeridade que o Governo de Antonis Samaras pretende aprovar no Parlamento amanhã. Metrô, ônibus, trólebus, bonde e trens nas principais cidades do país, Atenas e Salônica, não vão funcionar.
As embarcações, tanto de transporte de mercadorias como de passageiros, não sairão dos portos devido à adesão de marinheiros, estivadores e funcionários portuários. Os controladores aéreos realizarão uma greve de três horas, o que levou ao cancelamento de uma dúzia de voos, enquanto outros 30 sofrerão atrasos.
saiba mais
Espera-se também uma paralisação em massa no setor industrial, nas empresas de titularidade pública e na administração. Os centros de saúde e hospitais, por sua vez, só funcionarão para casos urgentes. As advogados continuam a sua greve, que começou ontem e irá até sexta-feira.
O pacote de austeridade inclui medidas como a elevação da idade de aposentadoria para 67 anos, além de cortes de 5% a 15% em pensões que ultrapassem 1.000 mil euros por mês. Também estão previstas reduções salariais para acadêmicos, médicos, juízes, diplomatas e membros da Forças Armadas e a diminuição dos recursos para a saúde pública.
Numa sessão de emergência marcada para amanhã (7), os parlamentares gregos vão votar o projeto de austeridade de 1.500 páginas, que propõe 18,5 bilhões (US$ 23,6 bilhões) em novos cortes e outras reformas até 2016. A adoção do plano é uma precondição para a Grécia garantir a liberação de uma tranche de 31,5 bilhões de euros de seu pacote de resgate, concedido pela Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE). Sem o empréstimo, a Grécia poderá ficar inadimplente em meados deste mês.
AS
Revista Época
Nenhum comentário :
Postar um comentário